distúbios emocionais
estresse
A palavra "Estresse" vem do inglês "Stress". Este termo foi usado inicialmente na física para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão. Hans Selye (médico) transpôs este termo para a medicina e a biologia, significando esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadoras a sua vida e a seu equilíbrio interno.
Estamos acostumados a utilizar a palavra "Estresse" indiscriminadamente para definir diferentes sensações que temos. É muito comum dizermos: "Estou nervoso, estressado, cansado", querendo apenas enfatizar uma mesma vivência. Utilizamos "tensão nervosa", "cansaço" e "fadiga" como sinônimos de "Estresse" para evidenciar uma conotação em comum de dificuldade, pressão e de estarmos nos desgastando mais do que deveríamos.
Atualmente até na literatura técnica essa palavra tem tomado uma conotação ligada somente a desgaste. "Estresse" é a denominação dada a um conjunto de reações orgânicas e psíquicas de adaptação que o organismo emite quando é exposto a qualquer estímulo que o excite, irrite, amedronte ou o faça muito feliz.Apesar de estarmos acostumados em nosso dia-a-dia a associar a palavra "Estresse" somente a situações que tenham conotações negativas, consideramos importante realçar que também são entendidas como "Estresse" reações relacionadas a situações prazerosas e com retorno agradável para o indivíduo. Isto é, nem sempre o agente disparador de um processo de estresse é um acontecimento ruim.
Uma paixão, um emprego novo tão desejado, uma aprovação ou uma promoção também podem gerar alterações no equilíbrio interno do organismo."Estresse", em princípio, não é uma doença. É apenas a preparação do organismo para lidar com as situações que se apresentam, sendo então uma resposta do mesmo a um determinado estímulo, a qual varia de pessoa para pessoa.
O prolongamento ou a exacerbação de uma situação específica é que, de acordo com as características do indivíduo naquele momento, podem gerar alterações indesejáveis.
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Síndrome
do pânico
A "Síndrome do Pânico" é um quadro clínico no qual ocorrem crises agudas de ansiedade sem que haja um estímulo disparador compatível com a intensidade das crises. O indivíduo vive uma variedade de experiências intensas, desprazeirosas e estranhas para ele sem que consiga identificar, a princípio, o que as desencadeou. Este quadro clínico teve sua incidência aumentada drasticamente nos últimos dez anos. Este aumento pode ser atribuído a modificações sócio-culturais e a uma maior possibilidade diagnóstica nos tempos modernos.A característica principal do quadro clínico da "Síndrome do Pânico" são crises de ansiedade aguda, as chamadas crises de pânico. Estas se caracterizam pela súbita, inesperada e freqüentemente avassaladora sensação de terror e apreensão, acompanhada de sintomas somáticos em muitos órgãos e sistemas, como falta de ar, palpitações e sensação de desfalecimento. Os sinais e sintomas de uma crise de pânico são semelhantes aos que ocorrem durante um esforço físico intenso ou numa situação de risco de vida.
Principais Sintomas da Crise de Pânico:
A crise de pânico vem rapidamente e com severa angústia. A sua duração média é de 20 a 30 minutos, podendo variar de minutos a horas, atingindo seu ápice em aproximadamente 10 minutos. A freqüência de ocorrência das crises é variada e estas são em geral totalmente debilitantes, sendo usualmente seguidas de fadiga, conseqüência do desgaste gerado pela mesma. Os principais sintomas de uma crise de Pânico são:
Principais Sintomas
DOR NO PEITO
PALPITAÇÃO
SENSAÇÃO DE ENGASGO
TREMORES
FALTA DE AR
RIGIDEZ
ONDAS DE FRIO OU CALOR
PALIDEZ
SUDORESE ABUNDANTE E FRIA
REFLEXOS INTENSIFICADOS
FORMIGAMENTO DAS MAÕS E PÉS
TONTEIRA E VERTIGEM
SENSAÇÃO DE MORTE
Sensação de perda de controle
Fraqueza, sensação de desmaio
Distúrbios na capacidade homeostática do indivíduo geram, com o decorrer do tempo, uma fragilidade, a qual se faz sentir nos momentos em que a pessoa depara-se com sentimentos que exigem um esforço maior de adaptação. A partir da ocorrência da primeira crise o indivíduo passa a funcionar num círculo vicioso no qual o medo de ter crise precipita a própria crise.A "Síndrome do Pânico" ocorre duas vezes mais em mulheres do que em homens, sendo sua maior incidência entre os 18 e 35 anos. É estatisticamente mais freqüente em indivíduos que tenham algum familiar que apresente o quadro. Observa-se uma freqüência acima da média de casos de prolapso da válvula mitral entre indivíduos que apresentam este distúrbio.A ingestão de algumas drogas como cocaína, maconha, crack, ecstasy, podem aumentar a atividade e o medo, facilitando a eclosão de um quadro de "Síndrome do Pânico". As crises de pânico não tratadas podem evoluir para uma série de fobias, limitando a liberdade do indivíduo, podendo enclausurá-lo em sua própria casa durante décadas.
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Depressão
A palavra "Depressão" refere-se tanto a síndrome clínica quanto ao estado afetivo (tristeza, melancolia) relacionado a mesma. A síndrome clínica caracteriza-se por sensação de impotência, incapacidade de buscar satisfação no meio ambiente e busca de isolamento em relação a esse meio, a qual pode se dar por uma redução ou ampliação de movimentos. É um dos distúrbios mentais mais frequentes nos dias de hoje. Doença afeta 4,4% da população mundial e 5,8% dos brasileiros, segundo dados da OMS, dados de 2015. Não se estabelece uma relação de classe social, nível cultural ou profissional. Qualquer pessoa das diferentes classes sociais, com qualquer nível cultural ou profissional pode viver este quadro, porém o mesmo é mais comum entre as mulheres (5,1%) do que entre os homens (3,6%).O indivíduo pode vivenciar "Depressão" em qualquer idade, porém é mais comum na idade adulta do que na juventude: 7,5% das mulheres entre 55 e 74 anos sofrem de depressão e 5,5% dos homens da mesma faixa etária padecem desta doença.
A dor chega para nos despertar … A dor é algo para carregar, como um objeto. Você sente a sua força durante a experiência da dor. Tudo depende de como você se comporta diante dela. - Fritz Perls
Alteração psicomotora
Sensação de fracasso
Alteração de apetite
Olhos opacos
Alteração no sono
RIGIDEZ
Voz baixa e monótona
Incapacidade de reação, sensação de imobilidade
Auto-reprovação e culpa
Falta de prazer real
Pensamentos ligados a morte e/ou suicidas
Perda de interesse nas diferentes atividades, incluindo sexualidade
Ruga em Y entre as sobrancelhas
Sensação de perda de controle
Rosto inexpressivo
Dificuldade em expressar e entrar em contato com seus sentimentos
Desespero e desolação
Sensação de vazio não preenchível
Respiração superficial
Pele ressecada
Baixa temperatura
Existem várias pesquisas que buscam encontrar algum determinante em termos de herança genética para que uma pessoa manifeste "Depressão". O que se vem percebendo através de pesquisas realizadas é que mesmo que exista uma predisposição genética, isto por si só não determina a ocorrência de uma crise depressiva.A história do indivíduo está ligada a forma como ele se constitui e desenvolve sua maneira de ser. A pessoa que apresenta um quadro depressivo, por diferentes motivos, ao longo de sua vida aprende a não perceber seus próprios limites. Deixa de lado sua capacidade de identificar suas necessidades e sentimentos, e se perde num emaranhado de introjeções. Gasta muita energia para obter um pouco de gratificação. Faz um esforço tremendo, pois os padrões são altos e todas as suas energias são mobilizadas e entregues a essa tarefa. A energia que deveria estar disponível para o prazer e a criatividade fica sujeita a um "modo de vida" que não leva a plenitude.Na relação com o mundo o indivíduo não consegue se nutrir emocionalmente de maneira adequada, o que leva gradativamente a uma falta de sentido na relação com o meio externo.O poder criativo natural a todos nós fica aprisionado e adormecido diante da dificuldade de identificação de limites, necessidades e vontades. O peso do "tenho" substitui a leveza do "quero".