UM TRAUMA VIRTUAL: ABUSOS SEXUAIS NA REALIDADE VIRTUAL

Autores

  • JAIANY RAMOS FAEST

Palavras-chave:

violência sexual, psicologia, trauma, virtualidade

Resumo

Resumo

Este artigo explora os danos psicológicos enfrentados por vítimas de assédio sexual em ambientes de realidade virtual (RV), com um enfoque específico nas mulheres. Os ataques virtuais descritos têm o potencial de desencadear respostas físicas intensas nos jogadores, resultando em sintomas de experiências traumatizantes idênticos aos casos de abuso ou agressão sexual no mundo real.

O objetivo deste estudo é explorar os comportamentos violentos e sexuais frequentemente relatados por usuários da RV e examinar a traumatização resultante e suas implicações para a saúde mental dos indivíduos afetados. A pesquisa visa contribuir para a compreensão dos impactos psicológicos dos abusos virtuais e promover uma reflexão crítica sobre o futuro das interações humanas em ambientes digitais. Ao final, propõem-se estratégias de prevenção e intervenção eficazes para aumentar a conscientização e proteger os usuários contra tais incidentes.

Em consonância com o eixo temático: "Transformações tecnológicas e mudanças na subjetividade humana", este trabalho ilumina as novas dinâmicas de poder e vulnerabilidade que emergem nos ambientes de RV. A capacidade dos agressores de perpetrar comportamentos abusivos em espaços digitais reflete uma transformação significativa nas relações interpessoais, desafiando as noções tradicionais de segurança e intimidade.

A metodologia empregada incluiu uma pesquisa bibliográfica abrangente em fontes acadêmicas como Scielo, Pepsic, Google Acadêmico e ResearchGate, complementada pela análise de notícias de veículos internacionais como BBC, Daily Mail e CNN. Essa abordagem permitiu uma revisão sistemática da literatura existente e uma análise detalhada dos relatos de vítimas, proporcionando uma compreensão aprofundada dos impactos psicológicos para contextualização teórica do tema.

A violência sexual em RV é frequentemente banalizada e é agravada pelo uso de dispositivos hápticos que simulam sensações físicas precisas, bem assim casos documentados indicam que os traumas podem ser tão severos quanto os do mundo físico, com vítimas jovens sendo particularmente mais vulneráveis. A subnotificação de casos e a rápida adoção da RV por agressores representam desafios adicionais.

Conclui-se pela necessidade do desenvolvimento de estratégias abrangentes para mitigar os riscos de violência sexual em RV, incluindo soluções tecnológicas, ajustes legais e suporte psicológico. Psicólogos e profissionais de saúde mental devem desempenhar um papel central na criação de espaços de apoio acessíveis e culturalmente sensíveis, bem assim a urgência de maior conscientização, a integração de cuidados psicológicos eficazes em ambientes virtuais e implementação de medidas de proteção eficazes nesse novo cenário digital torna-se evidente para proteger os direitos e o bem-estar dos usuários, especialmente os mais vulneráveis.

Palavras-chave: violência sexual; psicologia; trauma; virtualidade.

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Publicado

2025-10-09