Existencialismo e psicologia: um ensaio sobre a liberdade<br>Existentialism and psychology: an essay on freedom
Palavras-chave:
Existencialismo, Psicoterapia, LiberdadeResumo
Entre os temas centrais ao existencialismo temos a defesa da singularidade existencial do homem, de sua liberdade, responsabilidade e angústias que decorrem da própria existência. Mesmo que a liberdade seja entendida como imanente ao homem, dificuldades na compreensão da filosofia existencialista levam a associarmos a ideia de liberdade à ausência de limites, determinações e não consideração de fatores contingenciais ao comportamento humano. Assim, é essencial entendermos o contexto em torno da noção sartreana de liberdade, tão importante ao modo existencial de ver o homem e de ver a psicologia e a psicoterapia. Nesse sentido, este ensaio discute o existencialismo, tendo como foco o conceito de liberdade e suas implicações no campo filosófico e no movimento fenomenológico-existencial e humanista dentro da psicologia. Concluímos ao longo das discussões apresentadas que, se a autonomia do homem é limitada, dados os condicionamentos concretos para o exercício da liberdade, sua condenação a viver as consequências de suas ações, decisões e posicionamentos é inescapável. Lidar com essa dialética, auxiliar o sujeito a tomar consciência de seus projetos, potencialidade e limitações, a dar sentido e a se posicionar diante dos objetos de sua consciência são parte essencial daquilo que as psicoterapias de orientação fenomenológico-existencial propõem.
Referências
Amatuzzi, M. M. (2001). Por uma psicologia Humana. Campinas: Alínea.
Amatuzzi, M. M. (2010). Rogers: Ética humanista e psicoterapia. Campinas: Alínea.
Baum, W. M. (1999). Compreender o behaviorismo: ciência, comportamento e cultura. Porto Alegre: Editora Artes médicas Sul.
Bauman, Z. (2004). Amor Líquido. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2008). A sociedade individualizada, vidas contadas e histórias vividas. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2011). Vida em fragmento, sobre ética pós-moderna. Rio de Janeiro: Zahar.
Buber, M. (1974). EU e TU. 2ª ed. São Paulo: Editora Moraes.
Frankl, V. E. (1981). A questão do sentido em psicoterapia. Tradução: J. Mitre. Campinas: Papirus.
Frankl, V. E. (1985). Em busca de sentido. Tradução: W. Schlupp & C. Aveline. Petrópolis: Vozes.
Hegel,G.W.F. (1974). Fenomenologia do Espírito. Col. Os Pensadores, XXX (pp. 9-81).São Paulo: Ed. Abril.
Heidegger, M. (1979). Carta Sobre o Humanismo. Tradução: Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural.
Heidegger, M. (2002). Ser e tempo. Tradução: Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes.
Jacintho, F. N. (2019). Irvin D. Yalom Psicoterapeuta - Aspectos Teórico-Práticos de sua abordagem Existencial/Humanista. Fac. Sant’Ana em Revista, PontaGrossa, 3(1), 4-20. Recuperado em setembro de 2019, de https://www.iessa.edu.br/revista/index.php/fsr/article/view/573
Jaspers, Karl. (2005). A abordagem fenomenológica em psicopatologia. Rev. latinoam. psicopatol. fundam., São Paulo , 8(4), 769-787. Recuperado em setembro de 2019, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142005000400769&lng=en&nrm=iso
Kierkegaard, S. A. (1959). Estética y ética en la formación de la personalidad. Buenos Aires: Editorial Nova.
Kierkegaard, S. A. (1979a). Temor e tremor. Col. Os Pensadores XXXI. São Paulo: Abril Cultural.
Kierkegaard, S. A. (1979b). O desespero humano. Col. Os Pensadores XXXI. São Paulo: Abril Cultural.
Kierkegaard, S. A. (2013). O Conceito de Angústia. Petrópolis: Vozes.
Penha, J. da. (1987). O que é existencialismo. São Paulo: Brasiliense.
Sartre, J. P. (1987). O existencialismo é um humanismo. (3ª ed.). São Paulo: Nova Cultural.
Sartre, J. P. (1997). O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenologia. (3ª ed.). Petrópolis: Vozes.
Skinner, F. B. (1970). Ciência e Comportamento Humano. Brasília: Ed. UnB/FUNBEC.
Skinner, F. B. (1995). Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix.
Teixeira, J. A. C. (1997). Introdução às abordagens fenomenológica e existencial em psicopatologia (II): As abordagens existenciais. Análise Psicológica, Lisboa, 15 (2), 195-205. Recuperado em setembro de 2019, de http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311997000200001&lng=pt&nrm=iso
Teixeira, J. A. C. (2006). Introdução à psicoterapia existencial. Análise Psicológica, Lisboa, 24 (3), 289-309, 2006. Recuperado em setembro de 2019, de http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a03.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Marcelo da Silva Alves Pires
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
- O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
-
Atribuição — Você deve atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso.
-
NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
-
SemDerivações — Se você remixar, transformar, ou criar a partir domaterial, não pode distribuir o material modificado.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
- Não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
- Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.