Vejo flores em você: Adelina Gomes e o trato humanizado da loucura por meio da arte<br> I see flowers in you: Adelina Gomes and the humanized treatment of madness through art
Palabras clave:
Adelina Gomes, Arteterapia, Loucura, Saúde MentalResumen
O conceito de loucura sofreu alterações de acordo com a época e o contexto histórico, mas o indivíduo
considerado louco seguiu sendo maltratado e torturado ao longo dos anos. Nise da Silveira, psiquiatra brasileira,
teve grande influência na luta antimanicomial e no tratamento humanizado desses indivíduos socialmente
marginalizados, a exemplo do caso de Adelina Gomes, uma de suas “clientes”. A história de Adelina Gomes
ilustra com perfeição como o tratamento humanizado oferecido pelo profissional da psicologia pode ser eficaz,
por meio, principalmente, de abordagem psicoterapêutica que se concentra na consciência do momento presente
e na integração das diferentes partes da experiência humana. Neste contexto, a forma de tratamento de Adelina
nos faz repensar a relação entre arte e loucura, abrindo caminho para uma discussão acerca da utilização da arte
como meio de ressignificação do que já foi e do que será, a partir do momento presente.
Citas
AFONSO, A.; REINAS, C.; ROBERTO, E.; CAMPOS, E.; ENRIQUE, E.; HUDSON, A.;
VIEGAS, R.; SANTOS, S.; RESENDE, V. (1997). A loucura e o controle das emoções.
Revista de psicofisiologia, 1 (1), 34. Laboratório de Psicofisiologia do Departamento de
Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Recuperado de:
http://labs.icb.ufmg.br/lpf/mono3.pdf
ALMEIDA, B.; PEDROSA, H.; ROTOLO, L. (2021). Por um método niseano na saúde
mental: a construção de um ateliê de arte na emergência psiquiátrica. Junguiana, 2 (39),
(pp 43-56). São Paulo: Sociedade. Recuperado de: https://www.sbpa.org.br/wp-
content/uploads/2021/12/jung-v039n002-book-p4.pdf.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, DSM-5 Task Force. (2013). Diagnostic and
statistical manual of mental disorders: DSM-5™ (5th ed.). American Psychiatric
Publishing, Inc. Recuperado de: https://shorturl.at/mxFUW.
BARRANTES-VIDAL, N. (2014). Creativity and the spectrum of affective and schizophrenic
psychoses. In J. C. Kaufman (Ed.), Creativity and mental illness (pp. 169–204).
Cambridge: University Press.
BEAUSSART, M.; WHITE, A.; PULLARO, A.; KAFUMAN, J. (2014). Reviewing recent
empirical findings on creativity and mental illness. In KAUFMAN, J. (Ed.), Creativity
and mental illness (pp. 25–41). New York, NY: Cambridge University Press.
BHATTACHARJEE, P. (2014). Madnesss and marginalization: review of Michel Foucault’s
Madness and Civilization in the age of reason. Faculty, Department of History, LSR.
Recuperado de: https://lsrhistory.wordpress.com/2014/10/10/madnesss-and-
marginalization-review-of-michel-foucaults-madness-and-civilization-in-the-age-of-
reason/#:~:text=He%20says%20%E2%80%9Cthe%20world%20that,by%20such%20wor
ks%20of%20madness%E2%80%9D.
BERLINER, R. (2015). Nise: o coração da loucura. 109 min. Imagem Filmes.
BIRMAN, J. (1978). A psiquiatria como discurso da moralidade. Rio de Janeiro: Edições
Graal.
BYINGTON, C. (s/d). A Interação Arquetípica Matriarcal e Patriarcal na Psiquiatria Um
Estudo da Psicopatologia Simbólica Junguiana. Recuperado de:
http://www.carlosbyington.com.br/site/wp-
content/themes/drcarlosbyington/PDF/pt/a_psicopatologia_de_dominancia_matriarcal_il
ustrado_nise_da_silveira.pdf.
COELHO, T. (2002). A arte não revela a verdade da loucura, a loucura não detém a verdade
da arte. In: Antunes, Eleonora H.; Barbosa, Lucia Helena S.; Pereira, Lygia Maria de F.
(Org.). Psiquiatria, loucura e arte: fragmentos da história brasileira. São Paulo: Edusp.
DIONÍSIO, G. (2012). O antídoto do mal: crítica de arte e loucura na modernidade
brasileira. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ.
DIONÍSIO, G. (2020). Pintura, escrita e loucura: necessidade de arte, arte da necessidade
Trivium: Estudos Interdisciplinares, Ano XII, Ed. 2. (pp. 97-113). Recuperado de:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/trivium/v12n2/v12n2a09.pdf.
FACHIN, O. (2017). Fundamentos de Metodologia. Noções básicas em pesquisa científica.
ª ed. São Paulo: Saraiva.
GRUPO DE ESTUDOS PSI. (2023). Adelina Gomes: uma metamorfose durante a luta
antimanicomial. YouTube. Recuperado de:
https://www.youtube.com/watch?v=tp7kdoiB0Pk
GUEDES, A. (2011). Wassily Kandinsky: “do espiritual na arte” e a proposta da sonoridade
interior. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-graduação em Educação, Arte e
História da Cultura. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo. Recuperado de:
https://adelpha-api.mackenzie.br/server/api/core/bitstreams/59b67aff-11fb-4efa-9522-
c21b2e34a222/content.
HORTA, B. (2008). Nise, arqueóloga dos mares (2ª ed.). Rio de Janeiro: Aeroplano.
LEADER, D. (2013). O que é loucura. Delírio e Sanidade na vida cotidiana (1ª ed.). Rio de
Janeiro: Jorge Zahar.
LIMA, P. (2009). Criatividade na Gestalt–terapia. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 9
(1), pp. 87-97. Recuperado de: https://www.redalyc.org/pdf/4518/451844628008.pdf.
MACEDO, V. (2021). A importante contribuição da obra de Nise da Silveira para a
Psicologia Analítica de Jung. JUNGUIANA - Revista da Sociedade Brasileira de
Psicologia Analítica, 39 (2), pp.29-42. Recuperado de:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/jung/v39n2/04.pdf.
MAGALDI, F. (2018). A metamorfose de Adelina Gomes: gênero e sexualidade na
psicologia analítica de Nise da Silveira. Sexualidad, Salud y Sociedad REVISTA
LATINOAMERICANA, nº. 30, pp 119-140. Recuperado de: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/SexualidadSaludySociedad/article/view/29366/27485.
MELLO, L. (2014). Nise da Silveira: caminhos de uma psiquiatria rebelde. Rio de Janeiro:
Automatica Edições Ltda.
NO REINO DAS MÃES (1986). Trilogia Imagens do Inconsciente – Segunda parte. Leon
Hirszman. Acervo Museu de Imagens do Inconsciente. Recuperado de:
https://www.youtube.com/watch?v=4ChaFsprUsI. Acesso em 27 ago 2023.
OLIVEIRA, W. (2011). A fabricação da loucura: contracultura e antipsiquiatria. História,
Ciências, Saúde-manguinhos, 18(1), pp 141–154. doi: 10.1590/S0104-
PELBART, P. (1989). Da clausura do fora ao fora da clausura. Rio de Janeiro: Graal.
PROVIDELLO, G.; YASUI, S. (2013). A loucura em Foucault: arte e loucura, loucura e
desrazão. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 20 (4), pp 1515-1529. doi:
1590/S0104-59702013000500005
RINALDI, D. (2000). O acolhimento, a escuta e o cuidado: algumas notas sobre o tratamento
da loucura. Pauta Revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ, 16, pp. 7-18.
Recuperado de: http://www.interseccaopsicanalitica.com.br/int-
participantes/doris_rinaldi/Doris_Rinaldi_acolhimento_escuta_cuidado.doc.
SILVEIRA, N. (1981). Imagens do Inconsciente. Rio de Janeiro: Alhambra.
ZANELLO, V. (2010). Mulheres e loucura: questões de gênero para a psicologia clínica. In:
ZANELLO, Valeska et al. (Org.). Gênero e feminismos: convergências (in)disciplinares,
pp. 307-320. Brasília: ExLibris.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Rafaella Villela
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
- O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
-
Atribuição — Você deve atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso.
-
NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
-
SemDerivações — Se você remixar, transformar, ou criar a partir domaterial, não pode distribuir o material modificado.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
- Não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
- Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.