Grupo dialógico: A espiritualidade e a religiosidade do terapeuta
Palabras clave:
espiritualidade e a religiosidadeResumen
Provavelmente um dos temas menos debatidos na área da psicoterapia é a religiosidade, especialmente a religiosidade do terapeuta. São poucos os textos que tratam do assunto, especialmente na Gestalt-terapia. É preciso, então, que se traga mais luz para este tema, é preciso que se abram espaços para se debater como a religiosidade interfere nos processos psicoterápicos e, finalmente, é preciso que se façam discussões para que este tema, inescapável a cada trabalho clínico, possa se tornar um ponto de apoio para o cliente e para o terapeuta na busca da retomada do crescimento do cliente. A partir dessa constatação é que proponho um grupo dialógico que enfocará o papel e a influência da religiosidade do terapeuta no processo de seus clientes, independentemente de o terapeuta se filiar ou não a uma religião. O que se quer é questionar como e se, num processo psicoterapêutico, a espiritualidade e a religiosidade do terapeuta têm vez, voz, espaço, ouvidos, atenção, presença. Parto do princípio de que nosso papel, enquanto gestaltterapeutas, é acolher e ajudar o ser humano como um todo, sua espiritualidade inclusive, até o ponto em que ela, a espiritualidade, componha um diálogo delicado, respeitoso, franco e poético com o sentido da existência. Nessa perspectiva, importa demais cuidarmos também da inegável religiosidade do terapeuta, tanto quanto cuidamos da religiosidade do cliente. Uma discussão desse tema em um grupo dialógico pretende tirar da sombra esse tema, trazê-lo à consciência, compreender como a religiosidade do terapeuta interfere no processo, às vezes mesmo sem ser notada ou quando evitada. Discussões assim podem agir ampliando a awareness e a eficácia do terapeuta que se coloca a serviço de seu cliente. Para que a discussão possa ser mais produtiva é importante que o grupo fique limitado a, no máximo, 20 participantes. Referências Bibliográficas AMATUZZI, M. M. (org.) 2005 Psicologia e espiritualidade. São Paulo: Paulus. HYCNER, R. 1995. De pessoa a pessoa: Psicoterapia dialógica. São Paulo: Summus. MASSIMI, M. e MAHFOUD, M. 1999 Diante do Mistério: Psicologia e senso religioso. São Paulo: Loyola. PARGAMENT, K. I. 2007 Spiritually Integrated Pisichotherapy: Understanding and addressing the sacred. New York: The Guilford Press PINTO, Ê. B.. 2005. As realidades últimas e a psicoterapia. Anais do XI Encontro Goiano de Gestalt Terapia, Goiânia - GO, (1),.91-98. _____________ 2007 Gestalt-terapia de Curta Duração para Clérigos Católicos: Elementos para a prática clínica. Tese de doutoramento. São Paulo: PUC/SP _____________ 2013 A Ciência da Religião Aplicada à Psicoterapia. em PASSOS. J. D. e USARSKI, F., Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulinas/Paulus, p. 677 - 690 VALLE, E. R. 1998 Psicologia e Experiência Religiosa. São Paulo: Loyola. Modalidade de apresentação: Mesa Redonda WORKSHOP;Publicado
2015-12-01
Número
Sección
Workshops