O Espaço do Silêncio como possibilidade de Escuta do Ser. Uma Postura do Gestalt-Terapeuta.

Resumen

O mini-curso pretende definir e diferenciar silêncio e linguagem, refletir a respeito da importância do terapeuta silenciar-se diante de si mesmo, de compreender o significado do silêncio do paciente e de refletir a respeito da importância do resgate do espaço do silêncio uma vez que se vive em um ciber espaço. Inicialmente, resgata-se a etimologia da palavra silêncio e o contextualiza desde antes de Cristo e enfatiza sua sacralidade nas regras monásticas, assim como nos escritos de Pitágoras, Sócrates, entre outros filósofos. Discute os três caminhos que linguagem percorre: o dizer silencioso do ser ou a linguagem originária do qual se origina a fala humano, o discurso, que é propriamente a escuta do dizer do ser e o falar ou a linguagem humana que é a pronúncia do discurso. Evidencia como o ser da linguagem surge na linguagem do cliente, que pode se manifestar também no seu silêncio. Compreende-lo, substituindo a interpretação psicodinâmica da psicanálise e a explicação behaviorista, encontrando na metodologia fenomenológica e dialógica uma modalidade de compreensão, simultaneamente à postura do próprio silenciar do terapeuta, surge como possibilidade de resgate das bases filosóficas e teóricas da Gestalt-terapia que durante a apresentação dessa proposta serão enfatizadas. Nesse sentido, acreditando que a busca por um processo terapêutico, deve-se a perda da auto-escuta, o silenciar pode surgir como resgate da auto-escuta e uma apelo existencial para que, ao permanecer em silêncio possa ser uma possibilidade para escutar o ser.