GD 04: AFRODITE: A ALQUIMIA DO AMOR COMO REDENÇÃO PARA A ALMA

Autores/as

  • Maia Ana Leticia

Resumen

GD 04: AFRODITE: A ALQUIMIA DO AMOR COMO REDENÇÃO PARA A ALMA Maia Ana Leticia Venho aqui para falar de amor. Mas...que tipo de amor? Falarei de casais? Do amor romântico? Não, decididamente não. Busco então, talvez uma forma de ser, acho que uma forma de olhar. Olhar para a vida olhar para o outro. Bingo! Pensando e repensando minha vida, minha atuação no consultório, tenho percebido que o que me ajuda a acolher e a aceitar a mim mesma e ao outro nos próprios caminhos percorridos, na tentativa de encontrar os significados que aplaquem nossas angústias - aceitando, sem buscar causas, porquês, explicações, justificativas - seria uma postura que chamo aqui de um olhar amoroso. Tenho a impressão de que nossa alma pede este olhar, de que ela pede amor.Para tecer esta teia, busquei inspiração e suporte no Mito de Afrodite, a deusa do amor e da beleza e, em especial na abordagem da psiquiatra norte-americana J.S. Bolen, que nos descreve nossa protagonista como Deusa Alquímica – aquela que provoca transformações na alma, simbolizando assim, o poder criativo e transformador do amor Muito mais do que o amor como afeto, falo do amor como olhar, com intenção de encontro, como luz que guia minha percepção e que nela permite o ser do outro. Assim também Bolen, nos traduz Afrodite como símbolo de uma consciência que, lançando luz sobre determinado foco, enxerga o fascínio da diferença, a nobreza do ser, ainda que mesclada em dor e sofrimento. Essa consciência carrega um profundo desejo de conhecer e ser conhecido, gerando crescimento e desenvolvendo potenciais, posto que compreende o que está sendo presenciado, portanto, afetando e sendo afetado.Lembrando Fonseca(2005), quando nos apresenta sua definição de psicoterapia existencial-fenomenológica como uma experiência artística, a psicoterapia é uma oficina, um laboratório experiencial, existencial, e como arte, é um momento irrestrito de aceitação incondicional, e de afirmação do vivido, tanto do cliente quanto do próprio terapeuta. É quando Afrodite nos empresta sua beleza, e através da luz do seu olhar, conseguimos enxergar o belo no outro – sua singularidade, suas necessidades, a cada momento fazendo o que pode fazer de melhor para si mesmo. Bibliografia BOLEN, Jean Shinoda, As Deusas e a Mulher: nova psicologia das mulheres – São Paulo: Paulus, 1990. FONSECA, Afonso Henrique Lisboa da, Gestalt Terapia Fenomenológico Existencial-Maceió:Pedang,2005.

Publicado

2014-09-19