TL 10: SUPERVISÃO ACADÊMICA EM GESTALT-TERAPIA: A TRILHA DA CLÍNICA.

Autores/as

  • HEBE CRISTINA BASTOS REGIS

Palabras clave:

SUPERVISÃO, TRILHA

Resumen

Este trabalho pretende compartilhar a experiência de supervisão acadêmica de estágio em Psicologia Clínica, tendo como base de compreensão teórica a Gestalt-terapia. As supervisões acadêmicas acontecem em grupo com periodicidade semanal, e é supervisionado por duas professoras que, a partir do relato dos estagiários,vão pontuando questões tanto no que se refere aos casos em si, à intervenção clínica, como também a questões relativas à forma que se revela a partir da atuação de cada estagiário, visando refeltir sobre o clínico que há em cada um de nós. Essas pontuações são feitas também pelos próprios estagiários na medida em que vão se apropriando da matriz teórica e do modo de intervenção clínica nessa abordagem. Assim o conceito de campo de presença é fundamental para compreender o modelo adotado nas supervisões e o espaço do grupo é entendido a partir dessa perspectiva. Segundo Muller-Granzotto (2007) a situação clínica abre um campo de presença, onde Gestalt-terapeuta e consulente não estão separados, embora nem por isso constituam uma unidade, mas vivenciam uma situação de contato: "contaminam-se" mutuamente. Os principais objetivos dessa proposta são: 1) integrar os estagiários de psicologia clínica que utilizam a gestalt-terapia comoreferencial teórico; 2) socializar e refletir sobre os atendimentos realizados, buscando compreender as intervenções a partir da Gestalt-terapia; 3) criar um espaço que possibilite ao acadêmico se experimentar no papel de clínico e perceber suas implicações na intervenção realizada; 4) opotunizar a aprendizagem do modelo de trabalho da gestalt-terapia; 5) trabalhar o modo de atuação clínica de cada um dos estagiários, de modo a auxiliar na formação do clínico que ali se revela. Cabe dizer que a intervenção clínica é baseada nas clínicas dos ajustamentos evitativos, dos ajustamentos de busca e dos ajustamentos aflitivos, sendo que este último é bastante comum no contexto hospitalar, considerando que a maioria dos estagiários atua em hospitais. Os resultados desse trabalho têm sido considerandos gratificantes, pois a possibilidade de socialização do conhecimento, assim como de sua construção coletiva no aqui-e-agora da supervisão, tem gerado uma evolução na forma de atuação do clínico. Referências bibliográficas: MULLER-GRANZOTTO, M.J. & MULLER-GRANZOTTO, R.L. Fenomenologia e Gestalt-terapia. São Paulo, SUMMUS, 2007.

Publicado

2014-01-10