ESCOLA ACOLHEDORA

O PLANTÃO PSICOLÓGICO COMO POSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO E PRÁTICA CLÍNICA

Autores

Palavras-chave:

plantão psicológico, acolhimento, formação

Resumo

O Plantão psicológico é uma modalidade de atendimento que possibilita enfrentar o desafio de atender um número maior de pessoas, no momento de suas necessidades, auxiliando-as a lidar melhor com seus recursos e limites e ampliando, dessa forma, os recursos disponíveis em Saúde Mental.Tem havido grande procura por atendimento psicológico no Serviço Escola de Psicologia e temos recebido demandas de outras instituições para que o plantão fosse implantado. Assim, estendemos o plantão além dos muros da unidade UEMG-Divinópolis e temos ofertado o plantão no CEFET e no SENAC possibilitando aos nossos alunos e egressos o contato com a prática do plantão. O objetivo primário é estabelecer o espaço para a prática do Plantão Psicológico voltado à escuta e acolhimento da comunidade escolar, através da Abordagem Centrada na Pessoa e fenomenológico existencial. No âmbito da formação em Psicologia espera-se contribuir para as possibilidades de articulação entre teorias e práticas que fundamentam as intervenções no formato de Plantão Psicológico em ambiente institucional. Buscar-se-á fazer isso de modo crítico, colaborativo e capaz de fomentar um senso de responsabilidade ampliado no estudante para o estabelecimento de uma relação de ajuda imediata que oferte alívio, orientação e apoio em situações de emergência psicológica. Os plantões são realizados nas três instituições, sendo ofertados horários diversos nos quais os plantonistas são divididos no formato presencial e online (agendado). Semanalmente é realizada a supervisao, nesta os casos são apresentados e discutidos, assim como as dificuldades enfrentadas em sua condução.Quanto aos debates, planejamentos e intervenções tendo como foco a compreensão dos aspectos psicossociais que perpassam o cotidiano escolar e a aplicabilidade do modelo de plantão psicológico, espera-se estabelecer um espaço de escuta e acolhimento que contribua com a comunidade. O serviço deve se constituir como rede de apoio facilitadora do fortalecimento psíquico das pessoas que o busquem de forma espontânea no momento de sua emergência. Resultados alcançados: temos tido parceria com o Serviço escola de psicologia nos momentos de recesso e de final de ano, momento em que há uma demanda maior e atendimento remoto por sofrimento existencial por ser um período de questionamentos dos projetos pessoais; devido ao andamento do projeto inciamos com dois psicólogos voluntários e estamos com oito atualmente. Percebemos que o plantão tem servido como forma dos egressos estarem em exercício profissional supervisionado; as três instituições têm valorizado o trabalho dos extensionistas pelo suporte que tem sido oferecido em momentos de crises de alunos/servidores/colaboradores; o projeto tem alcançado seu objetivo de ser possibilidade de aprendizado para os egressos e para o extensionista; os plantanistas têm tido a possibilidade de experimentar formas mistas de atendimento quando as possibilidades da pessoa atendimento demandam este tipo de atendimento. Tivemos um atendimento em especial, que queremos relatar na apresentação de um rapaz de 23 anos que esteve fechado em seu quarto por 6 anos, entrou em contato com o serviço e pediu atendimento sem vídeo e sem áudio. Foi acolhido em atendimento psicoterápico há 7 meses e hoje está trabalhando e iniciamos o atendimento com áudio.

Palavras-chave: Plantão Psicológico; Acolhimento; Formação.

 

Fonte Financiamento:   PROGRAMA DE APOIO A PROJETOS DE EXTENSÃO DA UEMG - PAEx/UEMG, Edital1/2024.

Biografia do Autor

liliam pacheco pinto de paula, UEMG

Professora da UEMG-Divinópolis no departamento de Psicologia. Doutora em Psicologia pela PUC-MG. Especialista em Logoterapia; com formação em Gestalt terapia e psicoterapia existencial. Coordenadora Grupo Pesquisa CNPQ Grupo de estudos em Filosofia, Psicologia e Educação. Coordenadora do grupo de apoio aos enlutados e sobreviventes do suicídio -GENERES e da Escola acolhedora: o plantão psicológico como possibilidade de acolhimento e prática clínica.

Natália Amendoeira Lopes, UEMG

Graduada em Psicologia pela UEMG (2023). Pós graduanda em Psicologia Social. Atuando como Psicóloga Clínica no Espaço Solis e como Coordenadora de Projeto na ONG Céu Azul. Voluntária no Betim Compassiva, grupo de apoio à enlutados e sobreviventes do suicídio e na extensão Escola acolhedora: o plantão psicológico como possibilidade de acolhimento e prática clínica.

Elizangela Aparecida Andrade, uemg

Psicóloga clínica formada pela UEMG, integrante equipe Escola acolhedora: o plantão como possibilidade de acolhimento e prática clínica.

Marcela Gonçalves Noronha Vieira, uemg

Graduanda em Psicologia pela Universidade do Estado de Minas Gerais, bolsista do projeto Escola acolhedora: o plantão psicológico como possibilidade d e acolhimento e prática clinica.

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Publicado

2025-10-09