A vivência além da Esquizofrenia. Um relato de experiência.<br>The experience beyond schizophrenia. An experience report.

Autores

  • Nádia Meireles Moreira CAPS II - Centro de Atenção Psicossocial - Brasília - DF.

Palavras-chave:

Esquizofrenia; Psicoterapia de grupo; Saúde Mental; Gestalt-Terapia.

Resumo

Este estudo trata-se de um relato de experiência, de cunho qualitativo, constituído sob a ótica da Gestalt-Terapia. Baseado em análise fenomenológica como método. Tem por objetivo explanar o adoecimento causado pela esquizofrenia, a partir vivência da condução de psicoterapia de grupo. As atividades grupais foram realizadas em CAPS II, entre os anos de 2017 a 2019. Por meio de encontros semanais, com duração de duas horas e média de seis participantes por encontro. Foi possível compreender o sofrimento psíquico na perspectiva da própria pessoa adoecida. Identificar o significado do adoecimento mental, apontar potencialidades do tratamento e indicar manejos e possibilidades terapêuticas. Como resultado: a percepção de melhorias funcionais facilitadas pela vivência da psicoterapia de grupo.

Biografia do Autor

Nádia Meireles Moreira, CAPS II - Centro de Atenção Psicossocial - Brasília - DF.

Psicóloga graduada (2015) pela Universidade Católica de Brasília; Especialista em Saúde Mental (2019) pela Universidade Católica Dom Bosco; Mestranda em Psicologia Clínica e Cultura (2020) pela Universidade de Brasília. Psicóloga Clínica; Servidora pública em Centro de Atenção Psicossocial. Tem experiências no contexto: psicossocial, hospitalar, prisional e clínico. Atuante das defesas de Direitos Humanos e cuidados com a Saúde Mental.

Referências

ABP. Associação Brasileira de Psiquiatria. Publicado em fevereiro de 2004. >acesso em julho de 2018> disponível em http://www.abp.org.br/portal/abp-esclarece-esquizofrenia/.
APA - Associação Americana de Psiquiatria. DSM 5 – Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BASAGLIA, Franco. Psiquiatria Alternativa: contra o pessimismo da razão, o otimismo da prática. São Paulo: Ed. Brasil Debates, 1982.

BELUCI, Thaise; RAMALHO, Marcelo Márcio. Uma análise da esquizofrenia frente à experiência com paciente esquizofrênico. Revista Científica eletrônica de Psicologia. Faculdade de ciências da saúde de Garça. V 4; nº6 ;p 1-13; São Paulo, 2006.

BESSA, Patrícia Silva. Gestalt-Terapia e cuidado em saúde mental: Um diálogo possível e necessário. Revista IGT na Rede. V.9; nº 17; p.210-222; 2012.

BEZERRA, Benedito Jr. Desafios da reforma psiquiátrica no Brasil. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva. V.17, nº2, p. 243 - 250, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. LEI Nº 10.216, de Abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial. 2001. Disponível em <http://www.planaalto.gov.br/ccivl_03/leis_2001/102016.htm>

CAMURI, Danilo.; DIMENSTEIN, Magda. Processos de Trabalho em Saúde: práticas de cuidado em saúde mental na estratégia saúde da família. Saúde e Sociedade. v.19; nº4; p.803-813; São Paulo, 2010.

COSTA-ROSA, Abílio da. A instituição de saúde mental como dispositivo social de produção de subjetividade. Estudos de Psicologia. v.29; nº 1; p.115-126; Campinas, 2012.

D’ACRI, Gladys Costa de Moraes Rego Macedo. Reflexões sobre o contrato terapêutico como instrumento de autorregulação do terapeuta. Revista da Abordagem Gestáltica. V.15; nº1; p.42-50; 2009.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2008.

FORGHIERI, Yolanda Cintrão. Psicologia fenomenológica: fundamentos, método e pesquisas. São Paulo: Pioneira, 1997.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Rio de Janeiro: Petrópolis, 2001.

FRAZÃO, Lilian Meyer. Doença, Saúde e Cura, p. 70-72. In: BESSA, Patrícia Silva. Gestalt-Terapia e cuidado em saúde mental: Um diálogo possível e necessário. Revista IGT na Rede. V.9; nº 17; p.210-222; 2012.

FUKUMITSU, Karina Okajima; CAVALCANTE, Flaviana.; BORGES, Marcelo. O cuidado na saúde e na doença: uma perspectiva gestáltica. Estudo e Pesquisa em Psicologia, UERJ. V.9; nº 1; p.174-184; 2009.

GALLI, Loeci Maria Pagano. Um olhar fenomenológico sobre a questão da saúde e da doença: a cura do ponto de vista da Gestalt-Terapia. Estudos e Pesquisas em Psicologia, UERJ. V.9; nº1; p.59-71; 2009.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas, 2012.

GOMES, Barbosa William. Distinção entre procedimentos técnico e lógico na análise fenomenológica. Revista da Abordagem Gestáltica. V. 13; nº2; p. 228-240; 2007

GUMPETER, Paula Veloso; COSTA, Tereza Cristina Ribeiro; MUSTAFÁ, Maria Alexandra Monteiro. O movimento da luta antimanicomial no Brasil e os direitos humanos dos portadores de transtornos mentais. Anais do II Seminário Nacional Movimentos Sociais, Participação e Democracia. UFSC, Florianópolis, 2007.

HOLANDA, Adriano. Saúde e doença em Gestalt- Terapia: aspectos filosóficos. Estudos de Psicologia. V. 15, nº 2. p. 29-44, 1998.

HOLMES, Davi S. Psicologia dos transtornos mentais. São Paulo: Artmed, 1997.

LEWIN, Kurt. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1978.

LIMA, Patrícia Albuquerque. Criatividade na Gestalt-Terapia. Estudos e Pesquisas em Psicologia, UERJ. V.9; nº1; p.85-95; 2009.

LUCHMANN, Lígia Helena Hahn; RODRIGUES, Jefferson. O movimento antimanicomial no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. V.12, nº2, p399-407, 2007.

MALAGUTH, Marisete. In: ORGLER, Sheila.; LIMA, Patrícia.; D’ACRI, Gladys. Dicionário de Gestalt-Terapia: “Gestaltês”. São Paulo: Summus, 2007

MOREIRA, Virgínia. O método fenomenológico de Merleau-Ponty como ferramenta crítica na pesquisa em psicopatologia. Psicologia: Reflexão e Crítica. V.7; nº3; p.447-456; 2004.

Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID 10. Porto Alegre: Artmed, 1993.

Organização Mundial da Saúde – OMS. Relatório sobre a saúde no mundo 2001: Saúde mental: Nova Concepção, nova esperança. Genebra: Autor, 2001.

PERLS, Fritz. Gestalt-Terapia explicada. São Paulo: Summus Editorial, 1977.

PITA, Ana Maria Fernandes. Reabilitação psicossocial no Brasil hoje? São Paulo: Hucitec, 1996.

RIBEIRO, Jorge Ponciano. Conceito de mundo e de pessoa em Gestalt-terapia: revisando o caminho. São Paulo: Summus, 2011.

RIBEIRO, Jorge Ponciano. Gestalt-Terapia de curta duração. São Paulo: Summus, 2009.

RIBEIRO, Jorge Ponciano. O ciclo do contato: temas básicos na abordagem gestáltica. São Paulo: Summus, 1997.

RIBEIRO, Jorge Pociano. Teorias do processo grupal. In: Gestalt-Terapia: O processo grupal. São Paulo: Summus, 1994.

RIBEIRO, Jorge Ponciano. Vade-mécum de Gestalt-terapia:conceitos básicos. São Paulo. Summus, 2006.

SILVA, Guilherme de Freitas. As perspectivas gestálticas acerca das psicoses. Pretextos – Revista de Graduação em Psicologia da PUC Minas. V.3; nº5; p.225-242; jan/jun, 2018.

SILVEIRA, Nise. O mundo das imagens. São Paulo: Ática, 1980.

TENÓRIO, Carliene Maria Dias. As psicopatologias como distúrbios das funções do self: uma construção teórica na abordagem gestáltica. Revista da Abordagem Gestáltica. V. 18; nº2; p. 216-223; 2012.

VIEIRA, Ludmila. Reflexões acerca da esquizofrenia na abordagem gestáltica. Revista IGT na Rede. V.7; nº 12; p.65-80; 2010.

YALOM, Irvin David. Psicoterapia de grupo: teoria e prática. São Paulo: Artmed, 2006.

YONTEF, Gary M. Processo, diálogo e awareness: ensaios em gestalt-terapia. São Paulo: Summus, 1998

ZINKER, Joseph. Processo Criativo em Gestalt-Terapia. São Paulo: Summus, 2007.

Downloads

Publicado

2020-12-21

Como Citar

Moreira, N. M. (2020). A vivência além da Esquizofrenia. Um relato de experiência.<br>The experience beyond schizophrenia. An experience report. IGT Na Rede ISSN 1807-2526, 17(33), Brasil. Recuperado de https://igt.psc.br/ojs3/index.php/IGTnaRede/article/view/621