O transtorno do espectro autista sob enfoque da Gestalt-terapia:

um diálogo com o modelo DIR/Floortime

Autores

  • Ana Luiza Magalhães Gonçalves Universidade Federal do Espirito Santo

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.15425876

Palavras-chave:

Autismo, DIR/Floortime, Gestalt-terapia, Transtorno do Especto Autista

Resumo

O transtorno do espectro autista é uma condição do neurodesenvolvimento que gera prejuízos em habilidades comportamentais, socioemocionais e de comunicação. A Gestalt-terapia apresenta postura fenomenológica, não reducionista sobre o transtorno, compreendendo os sintomas da criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) como a melhor forma como ela pode se autorregular em determinado meio. Os principais autores da clínica gestáltica infantil realizam aproximações com teorias do desenvolvimento, dentre elas, às ideias de Stanley Greenspan, autor do modelo DIR/Floortime. A presente pesquisa objetivou verificar as relações teóricas e práticas da Gestalt-terapia com o modelo DIR/Floortime no trabalho com crianças autistas. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura integrativa, utilizando livros e artigos sobre os temas referidos, procedendo-se à análise de conteúdo. Conclui-se que as abordagens compartilham uma visão holística sobre desenvolvimento e suas teorias dialogam entre si, ao reconhecer a importância das relações e da interação entre campo, organismo e meio, mas diferem em relação à postura e foco terapêutico. 

Referências

AGUIAR, Luciana M. Gestalt-terapia com crianças: teoria e prática. Summus Editorial, 2015.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 5ª ed, 2014.

BARROS, Marina Nogueira de. O psicoterapeuta invisível: reflexões sobre a prática Gestáltica com ajustamentos autistas. IGT rede, Rio de Janeiro , v. 11, n. 20, p. 193-241, 2014 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180725262014000100012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 jan. 2024.

BOSHOFF, K., BOWEN, H., PATON, H., CAMERON-SMITH, S., GRAETZ, S., YOUNG, A., & LANE, K. Child Development Outcomes of DIR/Floortime TM-based Programs: A Systematic Review. Canadian journal of occupational therapy. Revue canadienne d'ergotherapie, 87(2), 153–164, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32013566/.https://doi.org/10.1177/0008417419899224

BRANDÃO, Cintia L. Gestalt-Terapia Infantojuvenil: Práticas Clínicas Contemporâneas. Juruá Editora, 2018.

BRANDÃO, Cintia L.. Transtorno do Espectro Autista: um mundo através do caleidoscópio. In: Quadros clínicos disfuncionais e Gestalt-terapia. Summus Editorial, 2017.

CARDOSO, C. L. A face existencial da Gestalt-terapia. In: Gestalt-terapia: fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. São Paulo: Summus, 2013.

CHAIM, Maria P. M.; MARTINS, Virginia E. S. Criança Diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista: Interface entre Floortime e Gestalt-terapia. Clube de Autores, 2016.

DIOGO, L. M. C. M.; SILVA, D. M. da. DIR-Floortime: Sob o Olhar da Gestalt- Terapia. Epitaya E-books, [S. l.], v. 1, n. 10, p. 63-100, 2021. DOI: 10.47879/ed.ep.2021328p63. Disponível em: https://portal.epitaya.com.br/index.php/ebooks/article/view/219. Acesso em: 13 maio. 2023.

DIVYA, K. Y., BEGUM, F., JOHN, S. E., & FRANCIS, F. DIR/FloorTime in Engaging Autism: A Systematic Review. Iranian journal of nursing and midwifery research, 28(2), 132–138, 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37332371/.https://doi.org/10.4103/ijnmr.ijnmr_272_21

FRAZÃO, Lilian. M. Um pouco da história...um pouco dos bastidores. In: Gestalt-terapia: fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. São Paulo: Summus, 2013.

GREENSPAN, S. THE AFFECT DIATHESIS HYPOTHESIS: The Role of Emotions in the Core Deficit in Autism and in the Development of Intelligence and Social Skills. Journal of Development and Learning Disorder. 2001.

GREENSPAN, Stanley I.; WIEDER, Serena. Engaging Autism: Using the Floortime Approach to Help Children Relate, Communicate, and Think. Da Capo Lifelong Books, 2007.

GREENSPAN, Stanley.; SHAKER, Stuart.G. The first idea. Da Capo Press, 2009.

MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. DE C. P.; GALVÃO, C. M.. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem, v. 17, n. 4, p. 758–764, out. 2008.

OAKLANDER, Violet. Descobrindo crianças: A abordagem gestáltica com crianças e adolescentes. Summus Editorial, 1980.

PIACENTINI, Patrícia; GOLDSTEIN, Ariela; CAPELLI, Dawn Brincar é desenvolver: um caminho para o autismo. Libertas Editora, 2011.

SHAUGHNESSY, ZECHMEISTER, ZECHMEISTER. Metodologia de Pesquisa em Psicologia. Research Methods in Psychologu, 9th Edition, 2012.

SOARES, Marcela Neves; FERREIRA, Wanderlea Nazaré Bandeira. O funcionamento autista sob a ótica da clínica gestáltica. Rev. NUFEN, Belém , v. 10, n. 2, p. 75-90, ago. 2018 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912018000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 jan. 2024. http://dx.doi.org/10.26823/RevistadoNUFEN.vol10.n02artigo32.

Downloads

Publicado

2025-05-29

Como Citar

Magalhães Gonçalves, A. L. (2025). O transtorno do espectro autista sob enfoque da Gestalt-terapia: : um diálogo com o modelo DIR/Floortime. IGT Na Rede ISSN 1807-2526, 21(42). https://doi.org/10.5281/zenodo.15425876