A raiva na clínica gestáltica: é preciso autorizá-la<br>Anger in the gestalt clinic: you need to authorize it

Autores

  • Maria Clara Duarte Mélo Freire UFAL

Palavras-chave:

Emoções, Raiva, Clínica Gestáltica, Manejo

Resumo

RESUMO

Este artigo buscou compreender a vivência da raiva e como se dá seu manejo na clínica gestáltica. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, embasada em vídeos, artigos e capítulos de livros. A raiva foi compreendida como uma vivência honesta e válida, que vem em defesa da pessoa quando esta se sente injustiçada e atacada. Ela possibilita mais energia e força para cuidar de si e pode estar presente no dia a dia do paciente e do psicoterapeuta. No contexto clínico, pode ser um sinal de que a aliança terapêutica está abalada e algumas regras precisam ser revistas e clarificadas. Já os pacientes tendem a abafá-la e desviá-la, vivenciando-a através da autolesão e de dores psicossomáticas. Essa somatização pode estar atrelada à introjeção e à retroflexão, que precisam ser trabalhadas pelo psicoterapeuta. Seu manejo consiste em autorizar a raiva e explorá-la, de forma cuidadosa, criativa e empática, usando com o cliente a via expressiva que mais o agrada.

Palavras-chave: Emoções; Raiva; Manejo; Clínica Gestáltica.

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Publicado

2023-10-30

Como Citar

Duarte Mélo Freire, M. C. (2023). A raiva na clínica gestáltica: é preciso autorizá-la<br>Anger in the gestalt clinic: you need to authorize it. IGT Na Rede ISSN 1807-2526, 19(37). Recuperado de https://igt.psc.br/ojs3/index.php/IGTnaRede/article/view/713