O Silêncio Que Me (In)Forma: Quando horizontes gestálticos e orientais coabitam o espaço-tempo psicoterapêutico<br>The Silence That (In)Forms Me: When gestalt and oriental horizons cohabit the psychotherapeutic space-time
Palavras-chave:
silêncio, Gestalt-terapia, Filosofias Orientais, PsicoterapiaResumo
No cenário ocidental de sobrecarga sonora e informacional, a escuta do silêncio é um movimento ético e político. Por ser uma noção central nas filosofias orientais como o Taoísmo e o Budismo, a integração desse vazio sagrado pode abrir novas possibilidades no processo de cuidado. Como o silêncio é um elemento potente no espaço clínico, essa é uma discussão relevante para a Psicologia. A Gestalt-terapia, por sua vez, possui raízes orientais que abrem os sentidos à vivência presente que (in)forma, mesmo que silenciosamente. Sendo assim, através da autoetnografia performática enquanto metodologia, este artigo em pretende analisar as formas de coabitação do silêncio no espaço-tempo psicoterapêutico a partir da Gestalt-terapia e das Filosofias Orientais, dando lugar central às minhas experiências de vida. Como conclusão, ficam os direcionamentos para a valorização do silêncio como elemento comunicativo figural na clínica, o reencontro potente com a experiência presente e o acolhimento das polaridades sonoras que emergem na psicoterapia. Por fim, ressalto a escassez de materiais, convidando a comunidade científica para essa discussão.
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