A Gestalt-terapia e as relações de poder: um diálogo possível<br>The Gestalt-therapy and the power relationships: a possible dialog

Autores

  • Israel Ferraz de Souza Instituto Müller-Granzotto

Palavras-chave:

Gestalt-Terapia, self, relações de poder, outro social, neurose

Resumo

A noção de indivíduo e sociedade está correlacionada de tal forma que se torna impossível ensaiar qualquer aproximação sem a consideração de ambos. Assim como a teoria do self da Gestalt-Terapia propõe uma análise adicotomizada entre o organismo e seu ambiente, a proposta foucaultiana de análise das relações sociais enquanto relações de poder possibilita a concepção de como os corpos são influenciados pela rede de poder e também a influenciam. O estabelecimento de uma intersecção entre os estratégicos dispositivos biopolíticos e o dinâmico sistema self permite a problematização da maneira pela qual a produção do saber, da noção de outro social e de indivíduo se dá nas relações de poder. A neurose aparece como uma forma de ajustamento político, tanto de submissão, quanto de resistência ao biopoder; a proposta de intervenção gestal-terapêutica surge como possibilidade de acolhimento dos “contra-discursos” que se dão no sistema self e, consequentemente, nas relações de poder.

Biografia do Autor

Israel Ferraz de Souza, Instituto Müller-Granzotto

Psicólogo pela Universidade Católica Dom Bosco (2010); Pós-graduado em Sociologia pela Universidade Gama Filho (2013); Gestalt-Terapeuta e especialista clínico pelo Instituto MÜller-Granzotto (2013).

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Publicado

2014-09-18

Como Citar

Ferraz de Souza, I. (2014). A Gestalt-terapia e as relações de poder: um diálogo possível<br>The Gestalt-therapy and the power relationships: a possible dialog. IGT Na Rede ISSN 1807-2526, 11(20). Recuperado de https://igt.psc.br/ojs3/index.php/IGTnaRede/article/view/407