Editorial

Comemorar as vitórias de hoje nos dá força para enfrentar os desafios de amanhã.

A 4º edição da revista “IGT na rede” sai em um momento histórico para nosso Instituto. E porque não dizer para a Gestalt-Terapia do Rio de Janeiro? É hora de comemorarmos uma grande conquista. Na plenária do dia 3 de fevereiro de 2006, o curso "Especialização em Psicologia Clínica – Gestalt-Terapia (Indivíduo, Grupo e Família)" foi reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia. Com isso, o IGT passa a ser o primeiro Instituto de abordagem gestáltica do Estado do Rio de Janeiro a ter tal reconhecimento. Este também é o primeiro curso de “Especialização Em Psicologia Clínica” em nosso Estado que aborda de forma marcante o atendimento a casais e famílias. O Rio de Janeiro passa a ser o terceiro estado brasileiro a ter um curso de especialização com referencial gestáltico e a Gestalt-Terapia passa a ser uma das primeiras abordagens a ter este nível de reconhecimento em nosso Estado.

Consideramos o reconhecimento por parte de nossos pares de fundamental importância para a Gestalt-Terapia. Além de fazermos um excelente trabalho, é importante que o mundo possa conhecê-lo. Nossa abordagem tem se desenvolvido cada vez mais, ampliando sua inserção no universo acadêmico, no atendimento clínico e em praticamente todas as áreas da psicologia. A conquista de reconhecimento dos centros formadores é um passo muito importante neste caminho. Acreditamos desta forma estarmos fazendo uma contribuição significativa neste processo, até porque nosso movimento incentivará outros núcleos a trilhar o mesmo caminho. Um curso reconhecido pelo CFP dá direito a que seus alunos, de posse dos certificados de conclusão do mesmo, possam requerer junto ao CRP o título de “ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA CLÍNICA”, coroando com reconhecimento incontestável o aprendizado obtido ao longo do curso.

Nosso curso é organizado de forma a que tanto quem ainda não é Gestalt-terapeuta, quanto quem já tem formação em Gestalt-terapia possa se beneficiar. Para tanto o curso é dividido em duas partes: Básico e Especialização, sendo que para ingressar na especialização a pessoa tem que já ser Gestalt-Terapeuta ou já ter concluído o básico. A proposta para quem já possui a formação em gestalt-terapia é de se potencializar como terapeuta de grupo, de casal e de família, além de ter sua prática reconhecida através da titulação de “Especialista em Psicologia Clínica”.

Também é de fundamental importância agradecer a todos aqueles que participaram desta conquista. Muitas pessoas são co-responsáveis por este êxito. Pensando rapidamente parece uma lista sem fim. Algumas pessoas participaram de forma mais direta, outras de forma indireta. Não vamos nos atrever a fazer uma lista com seus nomes, pois as injustiças seriam inevitáveis e a lista seria tão longa que ninguém teria paciência para lê-la até o final. Muito obrigado a todos vocês (Funcionários, Ex-Alunos, Alunos, Professores, Amigos, Familiares, Etc.), pelo apoio e incentivo em todos os momentos. Sem vocês teria sido muito mais difícil.

Um outro aspecto importante sobre a construção deste número da revista está ligado ao fato de que esta edição conta com artigos em línguas diferentes do português. Temos textos em Inglês e Espanhol. Optamos por manter esses textos em suas línguas de origem, pois neste momento seria difícil realizar uma tradução cuidadosa de forma a termos segurança da integridade das idéias apresentadas. Vale à pena aproveitar a oportunidade desta situação para anunciar uma meta estabelecida pelo IGT que é a tradução de nossa revista para outros idiomas. Estamos pensando inicialmente no inglês e no espanhol.

Por que traduzir a revista para outras línguas? Porque acreditamos que a Gestalt-terapia brasileira após cerca de 35 anos de existência e 20 anos de encontros nacionais já tem maturidade mais do que suficiente para contribuir com a Gestalt-terapia internacional. Estamos em um país continental, onde existem características culturais variadas, o que enriquece a nossa possibilidade de troca. Pessoas oriundas de ambientes culturais diferentes têm a oportunidade de sentar juntas nos encontros nacionais para expor e discutir suas produções, falando o mesmo idioma. Esta é uma situação rara e extremamente rica que tem contribuído de forma marcante para o amadurecimento de nossa abordagem. Além disso, é característica do brasileiro buscar contato com as produções oriundas de outros países, o que nos deixa atualizados em relação ao que vem sendo produzido lá fora.

A Gestalt brasileira precisa e tem toda a condição de mostrar sua cara, de contar para o mundo o que tem sido desenvolvido em nosso país. Uma revista virtual como a nossa tem toda condição de facilitar a expressão de nossas produções. Neste sentido aproveito para convidar as pessoas de nossa comunidade que se sentirem capazes de auxiliar na tradução dos nossos textos para outras línguas para nos procurarem para que possamos estabelecer parcerias com o objetivo de atingir estas metas.

Marcelo Pinheiro