Editorial

A revista nº 6, segunda revista no novo formato, nos deu uma compreensão mais clara das facilidades e dificuldades coerentes com esta nova fase. A revisão por pares é bastante confortável para nós editores, pois passamos a ter o respaldo de outros avaliadores quando da aprovação dos artigos. É muito bom ver outras pessoas envolvidas na constituição das edições e é extremamente gratificante assistir o comitê editorial crescendo a cada momento. Em contrapartida este processo exige uma grande interação dos avaliadores com a estrutura da revista, isso traz algumas dificuldades iniciais que com a experiência vão sendo superadas, mas que em um primeiro momento são obstáculos ao bom funcionamento. Certamente as engrenagens desta estrutura vão se acertar cada vez mais à medida que os novos números forem acontecendo.

2007 traz a marca dos 20 anos de encontros nacionais de gestalt-terapeutas. 20 anos é bastante tempo. Este tempo enriqueceu e trouxe maturidade a esta abordagem. Momento importante também para reavaliações e ajustes de rumos. Neste sentido nós do IGT estamos apresentando um novo projeto que esperamos contribua nesta caminhada: a formação de um centro de documentação para a Gestalt-Terapia brasileira.

De certa forma o Centro de documentação é o mais novo filho da “Revista Virtual IGT na Rede” já que é a experiência obtida através da revista que nos possibilita propor a formação desta instituição. O fato de o centro ser conseqüência da revista de forma alguma deixa o primeiro submisso a segunda. Vale ressaltar que Centro e Revista ocuparão espaços diferentes e complementares. Cada um deles terá vantagens pela existência do outro.

A constituição de um centro de documentação tem como objetivo criar uma memória mais viva e de mais fácil acesso para nossa abordagem. Ampliará a possibilidade de troca entre nós gestalt-terapeutas, divulgará esta perspectiva além de proporcionar a perpetuação no tempo das contribuições produzidas por nossa comunidade. Porém, para que tudo isso ocorra será necessária a compreensão, participação e o incentivo dos membros de nossa abordagem. A idéia é construir um centro de documentação auto-sustentável, no qual a própria produção dos gestalt-terapeutas gere renda para que sejam realizadas a estruturação e manutenção deste arquivo. Nós do IGT nos propomos a gerenciar esta iniciativa. Os resultados dela dependerão dos ecos advindos da Gestalt-Terapia brasileira.

Esperamos que todos nós sejamos felizes nesta nova empreitada e que os próximos vinte anos possam trazer frutos ainda mais enriquecedores do que os anteriores. Esperamos ainda que o “Centro de documentação da Gestalt-Terapia Brasileira” possa contribuir e que a “IGT na Rede” também continue mantendo uma influência positiva nesta trilha.

Marcelo Pinheiro