ARTIGO
Importância do Contato, da Auto Regulação Organísmica e da Relação de Casais no Início da vida e na Formação de Identidade
The Importance of the Contact, the Organismic self-Regulation and the Relation of Couples in the Beginning of life and in the Formation of Identity
Jane Rodrigues
RESUMO
Este artigo versa sobre:
1- A Importância do Contato, da Auto Regulação Organísmica
e da Relação dos Casais no Início da vida de um bebê
desde sua fecundação e na sua Formação de Identidade
, ou seja, o processo do Existir e Ser.
2- A prevenção de distúrbios futuros (resistências
e couraças) através do desenvolvimento da auto-estima do bebê,
da qualidade Contato e das suas Funções de Contato
Palavras-chave: Contato, Auto regulação Organísmica, Identidade
ABSTRACT
This article is about:
1- The Importance of Contact, Organismic Self Regulation and the Relationship
of the Couples at the beginning of the life of a baby since its fecundation
and in its Formation of Identity, that is, the process of Existing and Being.
2- The prevention of future disorders (muscular armor and harnesses) through
the development of self-esteem of the baby, the quality of Contact and its Functions
of Contact
Keywords: Contact, Organismic self-Regulation, Identity
INTRODUÇÃO
Não
tendo encontrado nada em Perls sobre o desenvolvimento e formação
de identidade, identidade sexual e identidade de gênero, tenho pesquisado
na Psicanálise e na teoria de Reich.
Em termos de Formação de Identidade, Perls se ocupou mais com
os aspectos fenomenológicos da fase pós- verbal, Freud se ocupou
mais com os aspectos do desenvolvimento pré- verbal e Reich ocupou-se
com os aspectos de desenvolvimento pré e pós verbais, ou seja
desde a fecundação e da vida intra-uterina em diante.
Tento aqui colocar alguns pensamentos em linguagem gestáltica...É
uma leitura e síntese que fiz , dos três acima citados.
Este texto é parte de do material dado no Curso de Extensão em Gestalt Terapia sobre a “Importância do Contato, da Auto Regulação Organísmica e da Relação de Casais no Início da vida e na Formação de Identidade” (curso dado regularmente no EcoHum)
O VIVER CRIA FORMAS
Vida - quando
começa e quando termina ?
A existência tem início meio e fim. A vida não.
A origem da vida ainda é desconhecida apesar das teorias diversas, e
não se sabe até onde ela se estende, apesar de outras teorias,
científicas, filosóficas ou espirituais
A existência começa na fecundação, passa por fases
como fecundação, nascimento, desenvolvimento e termina na morte.
A existência não é. A existência está sendo.
Desculpem-me "gerundizar"...
A vida não. A vida é.
E foi e será, independente de você estar nela ou não. Vivo
ou morto.
Vivo ou morto você faz parte da vida, mas não é a vida,
é existência, um existente.
Cada um de nós faz parte do processo infinito da vida.
Não somos o centro, nem a razão, nem a finalidade da vida.
A existência não. A existência é um processo finito,
faz parte da vida infinita.
Para a vida somos de uma incomensurável “desimportância”
Para nossa existência, não. Somos de suma importância, pois
a qualidade de nossas vidas e da vida de outros seres humanos determina a vida
dos seres vivos no planeta. E quando não houver mais vida humana (existência)
no planeta Terra, o planeta Terra e outros planetas, o Cosmos continuará
aí.
Com ou sem nós.
O processo
da existência, desde a fecundação até a morte, é
um movimento contínuo de envolver/desenvolver/apegar-se/desapegar-se
e assim sucessivamente.
E, dependendo da envolvência (ser envolvido e envolver-se) desenvolve-se
através do apego/desapego. Ou involui-se através do apego e desapego
Viver cria
formas.
Minha visão deixou de ser parcial ou total.
Passou a ser uma alternância entre as partes e os todos que se formam
e se transformam a partir do viver. Forma. Formas. Qualidade e Boa Forma.
Boa Forma é Qualidade. Boa Forma está diretamente ligada à
funcionalidade (para que).
Então, a partir do processo contínuo do envolver-se para
desenvolver-se, do apegar-se para desenvolver-se e do desapegar-
se para
desenvolver-se é que começo a poder falar de relação
eu/tu, das relações afetivas (que nos afetam), do desenvolvimento
da auto-estima a partir do como se ama nas relações de amor, dos
desencontros de amor, das alegrias e sofrimentos, do real e do ilusório,
do romântico e do inteligente, do crescimento pessoal (relacional) e da
prevenção das problemáticas humanas.
E, considerando a prevenção, é inevitável que minha
energia se volte para a compreensão da existência, desde a fecundação
(relacional) até a morte (desapego relacional).
Processo de subjetivação
Na verdade,
o desenvolvimento da identidade se dá num constante processo de introjeção,
identificação, discriminação e diferenciação
= um processo de desidentificação, na busca do seu próprio
eu, do seu Ser Si Mesmo.
Então aqui temos o homem e a mulher que se encontram e se enamoram.
Há um campo energético de cada um e o campo energético
entre eles, que se atraem por semelhanças e diferenças.
Cada um traz inscrito, no corpo, a sua história de vida, com seus valores,
suas crenças, suas atitudes, seus afetos, desafetos, sucessos e fracassos,
realidades e ilusões, sonhos e esperanças, muitas inseguranças,
certezas e expectativas. E couraças...
Cada um portador de um quantum energético para disponibilizar para a
relação e para a fecundação de um novo ser.
São estas pessoas, com este campo energético e com estas histórias,
que vão fecundar um outro corpo energético.
A figura paterna, o homem do casal, pode e deve contribuir com suas atitudes
para o bem-estar da mulher e de seus filhos, co-laborar = trabalhar junto com
a mulher, dando-lhe afeto, compreensão, solidariedade, contato,
”holding” e campo (contorno e ressonância).
A presença do homem é de fundamental importância e necessidade
tanto para a mulher como para o bebê.
Que ele geste a criança junto com sua mulher, assim como, junto com ela,
a fecundou.
Energéticamente, o feto e, posteriormente, o bebê sentem a presença
e/ou a ausência masculina.
A vibração e pulsação energética masculinas
são diferentes da vibração e pulsação energética
femininas, bastando para tanto lembrarmos do símbolo yin/yang - onde
um complementa o outro formando um todo harmônico, ou não, às
vezes.
O feto é capaz de sentir, ouvir e diferenciar a voz paterna, da materna.
Dentro do útero a voz paterna chega mais aguda e a voz materna chega
mais grave, por causa do líquido amniótico no qual o bebê
flutua.
Fora do útero, os tons de voz se modificam para os ouvidos do bebê:
a voz do pai é mais grave e a voz da mãe mais aguda. Por esta
razão, muitos bebês recém-nascidos, quando estão
sendo amamentados, tentam
virar a cabeça ao ouvir a voz paterna, no sentido de uma re-orientação,
no mundo da realidade externa.
Com os olhos o bebê se orienta em relação à mãe,
com os ouvidos ele se re-orienta em relação à mãe
e ao pai.
O desenvolvimento da identidade sexual se inicia no terceiro mês de gestação pela diferenciação de genitália e desenvolvimento neuro-endócrino, neuro-hormonal.
A situação pré-natal diz respeito ao temperamento com que cada um de nós nasce. O temperamento não muda porque sua origem é celular e energética, é decorrente do predomínio dos sistemas reptilianos e límbicos, fases essas em que se constroem mecanismos de defesa do tipo hormonal e neuro vegetativo. Em relação ao temperamento o que se pode fazer é ajudar, como dizia Perls, na Auto Regulação Organísmica, e como dizia Reich em termos de "Tensão-> Carga-> Descarga" ( energéticas) - o que de fato vem a dar no mesmo, por metodologias diferentes.
A situação pós-natal diz respeito à fase das defesas neuro musculares (couraças), por volta dos 9 meses de vida, após o amadurecimento do sistema cortical em diante, inicia-se o que Perls chamou de Camada Postiça (Ego) - ou seja, a defesa , através da estruturação do Ego, com seus personagens, papéis e performances.
Self é processo, movimento. Ego é estrutura,massa.
As Resistências,
correspondem ao modo de defender seu Self (processo) e seu Ego (estrutura),
quando em relação.
IDENTIDADE
Nós
somos a única espécie, em toda a natureza, que é capaz
de refletir, de se perguntar sobre de si mesma.
Bichos, por mais parecidos com o homem que possam ser, não se perguntam
"Quem Sou eu?
O que estou fazendo aqui? Qual é o sentido da vida e da morte?".
Para o ser humano é absolutamente fundamental encontrar um sentido de
Ser, de Ser SI Mesmo e encontrar um lugar e uma forma para Ser, que seja Único
e Legítimo.
É muito doloroso quando não conseguimos ser nós mesmos.
Quando tentamos manter uma fachada, um personagem...
Ou quando não encontramos um lugar que seja nosso no mundo, onde tenhamos
o sentimento de pertencer, de fazer parte, de contribuir, trocar e onde nos
sintamos vistos, aceitos, reconhecidos e respeitados em nossa unicidade.
Buscamos nosso Senso de Ser, ou seja, nossa Identidade.
Ser quem se é, é tarefa para a vida toda, desde o nascimento.
Começa no COMO choramos, no COMO aceitamos o alimento, no COMO dormimos,
até mesmo no COMO respiramos, COMO sentimos, COMO nos movimentamos, COMO
agimos.
Ouvimos muito expressões do tipo "ser eu mesmo", "ser
verdadeiro", "ser dono de mim mesmo".
Mas afinal, como se consegue isso?
Dentro do
útero a criança dispõe de todos os recursos para sua evolução,
maturação e a sobrevivência. Tudo que ela tem a fazer é
estar neste ambiente favorável e ser receptiva às trocas energéticas
entre o organismo-mãe e seu próprio organismo. Neste estágio
fusional, os dois organismos são diferenciados para a mãe e os
observadores externos. A partir do corte do cordão umbilical, a criança
se torna um ser separado, buscando união (diferente de fusão)
com o que é "o outro de si".
Nunca mais retornará ao estágio fusional original. Esse senso
de união depende, paradoxalmente, de um senso de separação.
E é esse paradoxo que a criança procura resolver constantemente,
assim como os adultos.
A função que corresponde à necessidade de união
e separação é o "contato". É através
do contato que a criança tem a possibilidade de se encontrar com o mundo
externo, no sentido de se prover. Ela faz contato a cada momento, seguido imediatamente
de outro, num fluxo contínuo de ritmo, orientada pelas necessidades e
pela qualidade dos contatos anteriores.
Todos os contatos por ela experenciados formam o que chamamos de seu Fundo.
A mãe ou quem faça a função materna (pode ser o
pai, a avó etc) a toca, olha e vê, nutre, aconchega, fala com ela,
sorri para ela, recebe- a, conhece-a e lhe quer bem, dando-lhe desta forma o
apoio para sua pulsação energética do viver. A criança
é sozinha e para sobreviver e viver precisa encontrar a mãe ou
a função materna. Agora, nesse estágio, a criança
está em simbiose e tudo o que a mãe ou figura materna tem a fazer
é criar este ambiente favorável e ser receptiva às necessidades
do bebê. Estar presente como um "sinal" que propicia clareza
e referência.
Ao nascer, o bebê tem uma dissociação fisiológica
que matura com o tempo e necessita e busca essa “mãe-sinal”
para a sua integração, em um funcionalismo unitário, que
possibilite seu contato com a realidade.
Ser, começa no início da vida, com um bebê e sua mãe
ou outra pessoa que cuide como mãe.
No momento da união, o pleno senso que a mãe tem de si mesma é
colocado a serviço de uma nova criação e, embora ela e
o bebê se tornem "nós", é esse senso de si mesma
que permite um bom contato com o "outro de si" como um elemento integrador
e não como um elemento de dissolução e/ou alienação.
Desse modo, a mãe promove a possibilidade do bebê se identificar
-(desenvolver identidade). Ao recém-nascido se torna, então, possível
a função essencial de seu Self: os ajustamentos criativos de sua
auto-regulação organísmica, no mundo.
Os ajustamentos criativos incluem a auto-regulação (intrapessoal),
a abertura ao novo e ao contato vivificante e vitalizante (interpessoal). O
ajustamento criativo tem a ver com a dialética de continuidade, com a
mudança e a possibilidade de inserção cultural, do novo
no velho, para formar uma nova configuração (GESTALT).
Etimologicamente, contato quer dizer estado em que se encontram corpos que se
tocam, isto é, a ação de tocar, resultante da aproximação
entre duas coisas. Também etimologicamente, referência quer dizer
resultante da ação de referir (estar em relação).
Entramos
em contato quando dois organismos se põem em relação e
se tocam, isto é quando são "tocados" um pelo outro,
seja através de sensações, percepções, sentimentos,
pensamentos ou movimentos.
No início da vida, quando contatos são feitos, existe uma carga
de excitação energética no organismo do bebê e no
da mãe/função materna, que culmina em um senso de engajamento,
de ressonância energética e de campo energético. O que caracteriza
um "Bom início de vida" ou o "Ser nascido" é
a qualidade energética destes contatos, "Como" se vê,
escuta, toca e etc...
Segundo Erwing Polster, "O contato é o sangue vital do crescimento,
o meio de modificação da pessoa e das experiências que ela
tem do mundo. O contato é incompatível com permanecer igual. A
mudança é o produto inescapável do contato porque a apropriação
da novidade assimilável ou a rejeição do inassimilável
levará, inevitavelmente à mudança".
O contato se realiza numa fronteira em que o senso de separação
é mantido de tal modo que a união não ameace a existência
e sim que a possibilite. Esta fronteira onde contato se realiza é um
ponto pulsante de energia.
A Fronteira de Contatos é o ponto em que a pessoa experimenta seu "eu"
na relação com o "não eu". Depende da densidade
e da qualidade dessa energia pulsante na Fronteira de Contato para que o "Eu"
seja vivenciado de forma mais ou menos clara e nítida. Então,
a conscientização é, na verdade, a autopercepção
energética e é o senso de "Eu". O contato não
contém somente este senso de "próprio eu". Envolve também
o senso de qualquer energia que esteja presente nesse campo, seja de uma forma
adequada, seja de uma forma sentida como violadora ou ameaçadora dessa
fronteira.
O recém-nascido não possui a habilidade de discriminar o universo
de "Si" do "Outro de si",
"Eu" do "não eu". Ele depende do fato da figura materna
e da figura paterna possuírem esta habilidade para que sua própria
regulação e integração organísmica se faça.
O contato-referência é então o possibilitador de identidade.
Disfunções do contato comprometem a identidade por impedir a plenitude
desde a gestação e o nascimento, quando, na realidade, um bom
contato-referência possibilitaria que as funções sensoriais
pudessem se estruturar, levando a percepções acuradas e adequadas
à realidade organismo/ meio.
Nesse começo
da vida, tudo em volta é estranho, é mais ou menos a sensação
que nós teríamos num sonho, como se estivéssemos meio dormindo
meio acordados. "Subitamente", para o bebê, aparece uma mão
e lhe faz um carinho, surge um rosto grande rindo e, na hora da fome um bico
de seio entra na sua boca...
Nem dá para saber de onde vem isso tudo, e parece que aquele bico de
onde sai leite é uma parte do seu corpo que não se conhece. É
meio mágico... Afinal bastou chorar de fome que o alimento apareceu...
A necessidade que a criança sente (Fome como Figura ) jamais pode ser
percebida e entendida separada (nesta fase) do seu contexto de dissociação
fisiológica em contato com o mãe ( Fundo).
Nesses termos, no início da vida, o bebê é Figura e a mãe é o Fundo, nesta relação.
É
a comunicação da criança que vai apontar o caminho para
a mãe, em termos de uma procura mais ampla e adequada para o atendimento
de suas necessidades,
integração e auto percepção (conscientização),
possibilitando sua formação de uma estrutura organizada, de uma
"Boa Forma".
O Fundo (mãe) não possui o mesmo magnetismo da Figura. É
ilimitado e informe, e sua principal função é fornecer
um contexto que proporcione profundidade para a percepção da Figura,
dando-lhe perspectiva, mas, impondo pouco interesse independentemente da Figura.
A vitalidade do Fundo está em sua fertilidade e disponibilidade energética.
O Fundo é uma fonte de formações figurais continuamente
novas. A pessoa não só estrutura o que percebe em unidades econômicas
de experiência como também altera e filtra tudo o que vê
e ouve, harmonizando seletivamente, suas percepções com suas necessidades
internas.
No início da vida, o bebê faminto se inclina a perceber a mãe
como "sendo um seio" porque ele necessita do seio (Figura) como fonte
de nutrição. A mãe propriamente dita, momentaneamente,
é o Fundo.
Ou então,
parece, ao bebê, que foi ele quem criou aquela fonte de alimento só
por ter fome e desejar alimento.
Para bebê, não há uma diferenciação e uma
discriminação clara entre ele mesmo e o mundo que o cerca.
O ser vivente
revela ter tendências a organizar tudo de modo englobante.
É uma ligação muito especial essa dos primeiros tempos
de vida do bebê.
A mãe e ele, parecem ser uma pessoa só, são dois em um.
É iniciado o processo de Identificação
Toda a vida
do ser vivente é em certo sentido, Fundo para o momento presente. Toda
a vida incluindo o momento presente é Fundo para o surgimento das Figuras
futuras.
Os fatores que compõem o fundo de uma pessoa são:
- as experiências de vida anteriores ao momento presente
- o montante de situações inacabadas, seja por insatisfação
ou frustração.
- o fluxo de relacionamentos de Figura e Fundo na experiência Presente
À
medida que se desenvolve, a criança vai ficando um pouquinho mais independente
( é ela quem informa que pode ser desmamada), e devagarzinho vai precisando
menos dessa ligação tão estreita com a mãe.
Já pode ficar um pouco sozinho no berço, brincando, já
sabe que é mamãe que dá a comida...
A mãe percebe que o bebê vai precisando menos e, a essa altura,
ela também já está cansada e quer voltar a ser ela mesma.
Assim, começa a se desfazer aquela relação em que os dois
formavam um só, como uma
Simbiose.
Ser "referencial" significa essencialmente que as atitudes maternas suprem o bebê com qualidade, podendo emergir figuralmente, compatibilizando o fundo, dando-lhe contorno e senso de "eu".
. Tanto
a mãe quanto a criança trabalham para isso. A mãe, saindo
devagar, avaliando as reações do bebê, estimulando a independência.
E a criança, descobrindo o mundo e suas próprias capacidades e
habilidades para SER e viver satisfatoriamente.
Esse período
em que o bebê tem o sentimento de que tudo em volta é dele ou ele
é quem criou, começa a se desfazer, pouco a pouco. Processo de
diferenciação.
E é importante que seja assim. Esse sentimento de "ser o criador
de seu mundo" vai ajudar a ter confiança suficiente para poder perceber
e aceitar que, na verdade, ele era "criador apenas de si mesmo".
Jane Rodrigues
CRP-05/2383