VERSÕES DE SENTIDO: UMA PROPOSTA FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL PARA A SUPERVISÃO NA CLÍNICA-ESCOLA

 

Georges Daniel Janja Bloc Boris

 

INTRODUÇÃO

Embora me dirija especialmente àqueles que se interessam pela gestalt-terapia, as considerações que faço aqui servem a todos os que se iniciam na complexa arte de ser psicoterapeuta. Estranho, com freqüência, que muitos alunos cheguem aos últimos semestres do curso de psicologia sem conhecimentos básicos ou experiência mínima do universo clínico, muitas vezes nem mesmo tendo se submetido a seu próprio processo psicoterápico, como se o estágio fosse apenas mais uma disciplina, que, cumprida, lhes daria o suficiente para se tornarem psicoterapeutas. Neste sentido, Contardo Calligaris lembra que, mesmo para o profissional experiente, “é sempre bom que um terapeuta, de vez em quando, volte a ser paciente”. Acrescenta que a psicoterapia “não pode ser uma demonstração pedagógica abstrata, não pode ser limitada a um fazer de conta durante o qual se transmitiria uma técnica. Ao contrário, espera-se que, nesta experiência, o futuro terapeuta se depare com a complexidade de suas motivações, sintomas e fantasias conscientes e inconscientes. Pois, para o terapeuta, não há melhor introdução à variedade do sofrimento humano”. Também observo que, terminado o estágio, alguns psicoterapeutas iniciantes deixam de acreditar que a supervisão de um profissional mais experiente seja um recurso valioso na trajetória de qualquer psicoterapeuta. Tais observações constituem algumas das preocupações que me levaram a elaborar este texto, pois ainda parecem ser um dado comprometedor da formação dos psicoterapeutas iniciantes. A formação de um psicoterapeuta é constante e sistemática, persistindo ao longo de sua vida. Não é pontual nem circunstancial, ou uma situação que se resolva apenas num único momento difícil, mesmo que determinante como o dos últimos semestres de curso.

 

O PSICOTERAPEUTA INICIANTE: DILEMAS E CONFLITOS

Mônica Tavora destaca que “ao iniciar o treinamento como terapeuta, os estudantes estão em diferentes estágios de amadurecimento pessoal e profissional. No entanto, todos se deparam com as mesmas angústias provocadas pelos primeiros contatos com os pacientes. No processo de internalização de um método de atendimento e definição de estilo pessoal, eles necessitam de uma orientação básica que possa guiar seus primeiros passos”. Por sua vez, Alfred Benjamin afirma que os psicoterapeutas iniciantes, freqüentemente, “estão tão preocupados com o que irão dizer em seguida que têm dificuldade em ouvir e absorver o que está acontecendo”. É comum que os psicoterapeutas iniciantes tenham uma parca apreensão dos conceitos e dos temas dos enfoques fenomenológico-existencial e gestáltico, bem como de seus recursos técnicos e de seu manejo. Uma das possíveis razões deste limite é que as psicoterapias humanistas surgiram, em grande parte, como uma reação ao positivismo, adotando, em muitos casos, posturas irracionalistas, antiintelectuais ou intuitivistas. Ginger e Ginger reconhecem tal postura, particularmente no que se refere à gestalt-terapia: “seu principal mentor, Fritz Perls, tinha repugnância por qualquer teorização. ‘Loose your head, come to your senses’, gostava ele de repetir”.
Não se submeter ao seu próprio processo psicoterápico pessoal é um sério agravante da situação do psicoterapeuta iniciante, com repercussões preocupantes no acompanhamento dos pacientes, como o mau manejo de sentimentos negativos, tanto do psicoterapeuta quanto do paciente. Pouca disponibilidade e descompromisso com o paciente são agravantes, voltando-se mais o psicoterapeuta iniciante a seus interesses ou a seu vínculo com a tarefa ou com a instituição. Calligaris argumenta: “seu primeiro compromisso é com as pessoas que confiam em você e trazem para seu consultório uma queixa que pede para ser escutada e, por que não, resolvida”.
A precariedade de seu auto-suporte interno pode levar o psicoterapeuta iniciante a buscar apoio excessivo nas técnicas ou mesmo na adesão rígida à teoria em detrimento do desenvolvimento de uma atitude compreensiva, escamoteando sua própria insegurança. Assim, o psicoterapeuta iniciante percebe-se diante de uma lacuna angustiante: ao mesmo tempo em que é limitado quanto ao manejo adequado do referencial teórico-técnico de sua abordagem, é inexperiente em vivências pessoais que possam lhe proporcionar maior confiança. É comum que se enfatize a importância essencial do embasamento teórico do psicoterapeuta, mas é menos freqüente que se discuta os riscos de um apego à teoria, ou seja, a tendência de muitos psicoterapeutas iniciantes a servir à teoria como uma defesa contra suas próprias dúvidas, adotando uma atitude formal, intelectual ou perfeccionista. "O terapeuta, desta forma, evita pensar no vínculo com o pacien¬te, e acredita seriamente que os seus aspectos emocionais de¬vem ser neutralizados e que só o seu intelectual deve existir para a compreensão do outro" (Elenir Cardoso). Neste sentido, Calligaris alerta que “a orientação terapêutica na qual você se formou ou está se formando (...) não é uma ideologia, nem uma fé na qual seria preciso que você acreditasse, nem uma espécie de dívida que você contraiu com seus mestres e que a forçaria a se fazer seu repetidor e arauto fiel”.
Virginia Moreira destaca o valor da experiência vivida do psicoterapeuta iniciante e do seu próprio processo psicoterápico: “se o aprendiz não teve anteriormente a demanda de fazer uma psicoterapia, seguramente esta surgirá quando o terapeuta aprendiz comece o atendimento clínico. Trata-se de um momento que exige mais do que o conhecimento teórico no âmbito cognitivo; que vai mais além, incluindo o âmbito emocional e a necessidade de que o psicoterapeuta experimente um processo psicoterapêutico, com o fim de aprender sobre sua maneira de funcionar no mundo, sobre seus limites e potencialidades pessoais. Este autoconhecimento do psicoterapeuta será tão importante para seu desempenho profissional como o conhecimento da teoria e técnica da psicoterapia. Finalmente, (...) fundamental na formação do psicoterapeuta, será a supervisão, que se desenvolve na interseção dos dois momentos anteriores: o teórico e o experiencial. Trata-se do espaço de articulação entre o que o psicoterapeuta aprende e conhece sobre a teoria e seu paciente, e do que ele experimenta na relação terapeuta-paciente durante a sessão”.
É freqüente a idealização do psicoterapeuta pelo paciente, que, associada à auto-idealização do próprio psicoterapeuta inexperiente, pode levá-lo a tentar corresponder a uma imagem onipotente e inacessível, ou a aceitar uma postura impotente e insignificante diante de seus pacientes. Para Calligaris, “de fato, se a psicoterapia faz seu efeito, o paciente pára de idealizar o terapeuta”, pois “o terapeuta não é quem a paciente imagina. A situação leva a paciente a supor que seu terapeuta detenha o segredo ou algum segredo de sua vida e que, graças a esse saber, ele poderá entendê-la, transformá-la e fazê-la feliz”. De fato, no processo psicoterápico, “há muitos momentos em que é inevitável que o paciente nos considere e nos use como modelos”. Entretanto, “a identificação dos pacientes conosco nos impõe uma responsabilidade”. Neste sentido, Cardoso destaca que a maioria dos psicoterapeutas concorda que a função da supervisão do aprendiz é “levá-lo a perceber o quanto de idealizado existe em sua atuação, quanto de sua vivência como pessoa atua no processo terapêutico, sem esquecimento do natural auxílio ao seu desenvolvimento teórico e aperfeiçoamento técnico”. A auto-idealização pode conduzir o psicoterapeuta iniciante a um encantamento com seu próprio poder, ou a tentativas de sedução ou de punição do paciente, por exemplo. A postura onipotente pode se apresentar através de arrogância (que busca aparentar eficiência) ou de uma excessiva disponibilidade (que visa a atender a qualquer expectativa, necessidade ou exigência do paciente com o objetivo de ser reconhecido e admirado), escamoteando apenas aparentemente a sua insegurança e a sua inexperiência. Ao adotar uma postura onipotente, o psicoterapeuta iniciante pode assumir uma atitude invasiva, desconsiderando a capacidade de o próprio paciente encontrar seus caminhos e suas alternativas de conduta. Benjamin adverte que o psicoterapeuta deve “ter cuidado para não ajudar demasiado”. Calligaris considera que o processo psicoterápico é, geralmente, longo exatamente porque se espera que o psicoterapeuta direcione seu paciente, mas apenas favorecendo que ele se aproxime de seu próprio desejo. Entretanto, como a psicoterapia não é um espaço de realização dos desejos do psicoterapeuta onipotente - mas de conscientização do desejo do próprio paciente - tal processo, muitas vezes, se revela empobrecido, frio ou mesmo contraproducente.
Na polaridade oposta, temos o aprendiz que assume uma atitude impotente, mostrando-se inoperante por se sentir incapaz de lidar com emoções, experiências ou conteúdos - particularmente os negativos - do paciente. O psicoterapeuta iniciante mostra-se, neste caso, compreensivo, atencioso e disponível, mas não consegue intervir, propor ou aprofundar as questões reveladas pelo paciente, pois tal risco sugere uma situação excessivamente perigosa. Assim, ambas as posturas - onipotente e impotente - escamoteiam os limites e a real “potência” do psicoterapeuta iniciante, trazendo à tona o seu dilema entre as técnicas e as pessoas. Conforme Rojas-Bermúdez, "pretender que um instrumento resolva tudo, é persistir numa valorização ingênua, que servirá mais para proteger a própria onipotência do que o instrumento". O uso da técnica deve ser cauteloso e fundamentado numa estratégia clínica que sintetize a teoria e a prática do psicoterapeuta e o vinculo entre vivência, compreensão, pensamento e ação. Não deve ser um truque para resolver problemas, mas um recurso facilitador da conscientização do paciente, utilizado quando ele já se dirige a algum tipo de ação determinada a partir de sua necessidade e de sua disponibilidade. Neste sentido, Moreira argumenta: “um dado de realidade que é fundamental: a solidão do terapeuta. No momento da sessão estará só, apesar de estar acompanhado por toda sua bagagem teórica e suas vivências pessoais, ademais das sugestões e orientações do supervisor. Ali contará somente consigo mesmo, com ninguém mais; ele será o instrumento da psicoterapia”. Para Calligaris (2004), “o psicoterapeuta é, por assim dizer, ele mesmo o remédio” (p. 5).
Cardoso aponta o fato de que muitos psicoterapeutas iniciantes vivenciam sintomas semelhantes aos de seus pacientes, o que gera dificuldade de contato ou envolvimento extremo, numa tentativa de resolver seus próprios problemas através do outro, ou inadequação das intervenções, levando freqüentemente o paciente à desistência do processo psicoterápico, ou, por vezes, ao abandono (concreto ou por meio de atitude de distanciamento) como um artifício por parte do psicoterapeuta iniciante.
Para Abel Guedes, “ser terapeuta é um privilégio. (...) [Sua]... arte é 'tocar' as pessoas. 'Tocar' pela palavra, gesto, afeto, expressão, olhar, mo¬vimentos etc., nos seus pontos sensíveis, adormecidos, cristalizados, encantados. Eu consigo 'tocar' quando fui ou estou sendo to¬cado por essa mesma pessoa”. A possibilidade de tocar e de ser tocado gera, muitas vezes, no psicoterapeuta iniciante, temor da relação ou encantamento com seu próprio poder, encobrindo o fato de que, freqüentemente, pode ser tocado por seus pacientes. Acredito que grande parte das dificuldades dos psicoterapeutas iniciantes diga respeito a uma confusão sobre como lidar com os sentimentos gerados pelos e nos pacientes.
Bleger considera que o psicoterapeuta vivencia grande ansiedade, pois se confronta com um objeto de estudo e de trabalho semelhante a si mesmo, lidando com as vicissitudes comuns tanto ao psicotera¬peuta quanto ao paciente: ambas são dados de humanidade que os aproximam, mas que podem confundir os parceiros da relação psicoterápica. O que os diferencia é a atitude compreensiva, um esforço racional e emocional do psicoterapeuta para compreender a si mesmo e ao paciente, reconhecendo seus próprios equívocos e sentimentos em relação ao paciente e àquilo que ambos representam, inclusive no que se refere à transferência e à contratransferência. O não reconhecimento e a desconsideração de sentimentos transferenciais e contra-transferenciais no processo psicoterápico constituem uma situação comum nas psicoterapias de base fenomenológico-existencial, estabelecendo uma lacuna teórico-técnica dos psicoterapeutas iniciantes e mesmo de muitos psicoterapeutas humanistas mais experientes. Para Calligaris, a função do psicoterapeuta não é ensinar seus pacientes nem “mexer” com suas vidas, mas favorecer a conscientização dos desejos deles. Portanto, “a grande habilidade do terapeuta, então, seria a de poder perce¬ber os aspectos transferidos em sua pessoa e, por outro lado, po¬der conhecer a realidade dos seus sentimentos, para que não se mesclem aos do paciente, o que tem sido apontado como causa freqüente de insucesso da terapia” (Cardoso). Nem todos os sentimentos vividos na rela¬ção psicoterápica são apenas transferenciais. Da mesma forma, a transferência é um fenômeno que ocorre freqüentemente nas relações humanas, particularmente na psicoterapia. As abordagens fenomenológico-existenciais ainda não desenvolveram uma metodologia própria que dê conta de tal fenômeno. Talvez um caminho seja o proposto por Mauro Amatuzzi: “‘trata-se não de interpretar a transferência mas de interpretar na transferência'. A diferença entre o a (transferência) e o na (transfe¬rência) é exatamente a diferença entre entrar ou não na relação. E o termo 'interpretação' pode ser entendido no sentido em que se identifica com a própria expressão do terapeuta (compreensiva da presença total e intencional do paciente) e, portanto, interpretação fundadora do terapeuta exatamente em sua vivência da relação".

 

VERSÕES DE SENTIDO: UMA PROPOSTA FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL PARA A SUPERVISÃO NA CLÍNICA-ESCOLA

Calligaris destaca que “a supervisão não é uma aula de clínica ou de arte diagnóstica. Também não é a ocasião para o supervisor mostrar como e por que ele teria agido diferente de você. A função da supervisão de um jovem terapeuta (...), salvo situações catastróficas, deve ser autorizar o terapeuta, inspirar-lhe a confiança em seus próprios atos, sem a qual nenhuma cura vai ser possível”. A grande dificuldade da supervisão se deve às suas semelhanças e diferenças da própria psicoterapia. A supervisão não é um espaço de intervenção do supervisor nas questões íntimas dos psicoterapeutas iniciantes. Por outro lado, sem uma real compreensão do vínculo entre seus temas existenciais e os processos que eles acompanham, a supervisão corre o risco de ser um mero estudo teórico-técnico distanciado. O grande desafio é, portanto, como articular estes dois pólos, sem confundi-los.
Há alguns anos, utilizo um instrumento que parece enfrentar melhor tal desafio. São as versões de sentido, propostas por Amatuzzi, que assim as descreve: “no fim de cada sessão de um atendimento terapêutico, imediatamente após seu término, escrevemos alguma coisa. Isso que escrevemos não pretende ser um relato do que aconteceu em sua materialidade, mas uma tentativa de dizer a experiência imediata do terapeuta enquanto pessoa naquele momento, e enquanto ainda referida à sessão que acaba de terminar”. Para Moreira, a descrição da experiência imediata do psicoterapeuta por meio das versões de sentido parece revelar a maior quantidade possível de vivências compartilhadas entre psicoterapeuta e paciente. Tal descrição não é meramente cognitiva nem necessariamente detalhada. O psicoterapeuta deve escrever, livre e espontaneamente, logo após a sessão, tudo o que lhe ocorra sobre a relação psicoterápica, sobre o paciente e sobre si mesmo: “imagens, metáforas, sentimentos seus ou do paciente, qualquer coisa. Busca-se alcançar o sentido da sessão, tal como a vive o terapeuta na relação com o paciente, destacando na versão de sentido o que toca o terapeuta, quer dizer, o que se produz nele a partir da relação com o paciente, como lhe chegam os conteúdos trabalhados na sessão, assim como impressões e sentimentos suscitados a partir deles. Através da versão de sentido, busca-se entrar em contato com as sensações originadas da relação terapeuta-paciente e clarificar a percepção do terapeuta para compreender o significado do material trabalhado durante a sessão no contexto do processo psicoterapêutico”. Assim, a versão de sentido “diferencia-se de um informe da sessão (que prioriza a descrição objetiva do diálogo [...]) em que a descrição enfatiza as sensações do terapeuta a partir da descrição do vivido, buscando alcançar a essência e a dinâmica do processo; portanto, vai muito mais além do simples registro. Pode ser composta tanto por percepções do paciente, como de sentimentos de angústia ou de êxito do terapeuta supervisionado: as dúvidas, medos e alegrias na solidão da situação de atendimento. Registrar o processo psicoterapêutico através da versão de sentido significa transformar o estado bruto das sessões em algo com sentido; significa fazer emergir uma teorização sobre o vivido, e permitindo a visão mais aguda do processo do paciente através da experiência da relação terapeuta-paciente”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As versões de sentido parecem responder bem a alguns dilemas do psicoterapeuta iniciante e aos problemas que se manifestam nas várias etapas da supervisão:
. numa primeira etapa, os psicoterapeutas iniciantes têm necessidade de descrever e de discutir todas as sessões de seus diversos pacientes, o que torna a supervisão freqüentemente mecânica, numa alternância entre “o paciente disse isso” e “eu respondi aquilo”, conferindo com o supervisor se agiram “corretamente”. Nesta fase, as versões de sentido podem constituir um importante recurso de acesso e de exploração do mundo existencial do psicoterapeuta e de sua relação com os pacientes;
. mais adiante e aos poucos, os psicoterapeutas iniciantes passam a selecionar as situações e os momentos psicoterapêuticos mais significativos, levando à supervisão não mais cada sessão de todos os pacientes, mas a situação geral daqueles pacientes que acompanham ou, mais especificamente, dos que lhes preocupam mais. Neste estágio, as versões de sentido acrescentam aos psicoterapeutas iniciantes mais versatilidade e flexibilidade diante de pacientes que os tocam mais significativamente ou que mais absorvem sua atenção;
. finalmente, se o processo avança, o foco da supervisão deixa de ser unicamente o paciente e seus problemas, passando a se constituir num contexto mais amplo, no qual o psicoterapeuta iniciante está, de fato, diante de um referido paciente, que provoca tais ou quais repercussões nele. É nesta fase que as versões de sentido podem ser mais ricamente exploradas, pois elas podem incluir mais expressivamente as vivências da pessoa do psicoterapeuta iniciante, que pode melhor analisar e discutir sua atuação nos processos psicoterápicos que acompanha.