POSTER 13: MULHER MÃE: CONTRIBUIÇÕES DA GESTALT-TERAPIA NO
ACOMPANHAMENTO AO PARTO

 

Autor: Joana Simões Cardoso

 

Apresentamos aqui um projeto de intervenção desenvolvido no setor da maternidade de hospital da rede pública do Espírito Santo. Tal intervenção ocorre no contexto do estágio supervisionado em psicologia da Faesa/ES que tem como supervisora a professora mestre Maria do Rosário Camacho. Trata-se de um projeto fundamentado nos princípios da gestalt-terapia e que visa à formação do psicólogo no que se refere à construção da habilidade da clinica. A metodologia utilizada concentra-se na escuta fenomenológica do campo vivencial da parturiente. Com este objetivo adentramos a sala de partos, disponibilizamos a escuta, acompanhamos a evolução e o parto. Os momentos se configuram, muitas vezes, como individual e, outras tantas, como vivência em grupo. Esta população mulher-mâe encontra-se em tempo diferenciado de sua existência. Podemos encontrar uma parturiente na qual a evolução da gravidez ocorre sem intercorrências e outras em que se apresentam quadros que caracterizam a gravidez de risco. A gravidez de alto risco representa maior problema emocional e social para os envolvidos com a gestação. Surge o medo em relação a si própria e ao bebê, sentimento de culpa, censura e temor à anormalidade do feto. Nosso trabalho, que tem sido realizado no decorrer de 2008/2009, vem apresentando resultados junto a ao campo vivencial da gestação. Incluímos aqui, especialmente, a parturiente, familiares e equipe profissional. Colocar-se como facilitador desse campo é entrar em contato com processos de vida (Rodrigues, H.E. 2008).

Os princípios da gestal-terapia tornam-se instrumentos potencializadores de saúde. Apontamos o estar no presente; a vivência do aqui-agora e a abertura ao contato como pilares desse fazer. Ainda o solo fenomenológico como inspiração e possibilidade de o psicoterapeuta apresentar-se como recurso da própria prática.

 

Palavras-chaves: parturiente; gestal-terapia; campo.