Autores: Tereza Cristina Lopes Duarte e Maria do Rosário Camacho

RESUMO

O lugar do psicólogo no espaço hospitalar, bem como o seu fazer, tem sido alvo de reflexões no intuito de produção de conhecimentos nessa área. Transitar nesse contexto convida à abertura para bons encontros. Bons encontros emergem como acontecimentos de vivências de contato. Neste trabalho, busco compartilhar experiências de contato na formação do psicoterapeuta gestaltista. Tal prática ocorreu no Estágio Supervisionado do Curso de Psicologia da Faesa/ES cujo enfoque escolhido foi o da Gestalt-Terapia. A ação foi desenvolvida na UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal) do Hospital Infantil e Maternidade de Vila Velha/ES. Trata-se de um relato de experiência de intervenção de natureza qualitativa e base fenomenológica, que prioriza a descrição das vivências imediatas. O objetivo é realizar uma reflexão acerca da experiência de contato e sua contribuição para o investimento em bons encontros. Na busca de compartilhar o vivido, apresento alguns fundamentos conceituais da Gestalt-Terapia, descrevo minha atuação e compartilho as aprendizagens e dificuldades deste caminho. Os resultados ampliam a reflexão da perspectiva que o contato constitui o lugar de bons encontros como potencializadores de vida. Problematiza o “como promovê-los”, temática que parece desdobrar-se em repercussões para além dos muros da clínica tradicional, uma vez que se insere na discussão sobre os modos de produção de vida contemporâneo cuja característica é o distanciamento do homem de seu aspecto relacional.

Palavras-Chaves: Gestalt-terapia, Contato, Hospital.