ESTRATÉGIA:
Usar músicas que levem a reflexão.
Explorar o movimento corporal para sensibilizar o sentir. de desfazerem os nós para que, simbolicamente, possa ficar claro a possibilidade de desfazermos os nós da vida.

PROCEDIMENTO:
Uma breve apresentação da facilitadora.
Aquecimento: música leve e descontraída para que os participantes possam andar livremente soltando seu corpo.
Momento de conscientização corporal. Música com ritmo cadenciado para que a batida marcada dite o ritmo do caminhar. O caminhar agora será dirigido. Como você está caminhando? Sinta seu corpo ao caminhar. Como estão seus pés? Para onde eles lhe levam? Existe tensão no seu corpo? Em que parte? Etc.
Ainda caminhando e em silêncio, os participantes deverão formar duplas onde deverão fazer contato com o outro através do olhar, procurando sentir sua parceria e a si mesmo.
Novo caminhar para buscar novas parcerias. Ampliando agora o contato, ainda em silêncio, deverão formar quartetos, repetindo o movimento anterior.
Momento de verbalização. À partir dos quartetos, agora sentados, abre-se para uma breve fala de como estão se sentindo, dos pontos mobilizados, de como está sendo a experiência, etc.
Momento de reflexão. Será entregue a cada participante um cordão, em seguida será colocada uma música que o leve a refletir sobre seu momento atual. A música deverá ser ouvida e sentida de olhos fechados. Ao final da música, ainda de olhos fechados, pedir para que expressem o que sentem no cordão. Dar tempo sem nenhum estímulo para que isso aconteça.
Através do movimento respiratório, conduzir suavemente à abertura dos olhos e em seguida os quartetos discutem entre si, o que foi o feito de cada um, desfazendo-os na medida em que falam.
Fechamento. Abrir para o grupão. Cada participante deverá expressar em uma única palavra como está se sentindo. De acordo com o tempo, abrir fala para alguns participantes que queiram se colocar.

CAMPO DE APLICAÇÃO: Grupos de psicoterapia com adultos, desenvolvendo temas específicos ou não, podendo ser aplicado tanto na área clínica como na organizacional e educacional de acordo com o enfoque dado.

EMBASAMENTO TEÓRICO
Fritz usava o conceito de duas áreas de consciência: tudo fora da pele e tudo
dentro da pele (Isto é Gestalt, pág 251). Com base nesse conceito, essa vivência, num
primeiro momento, desperta seus participantes para a consciência do seu corpo e de como ele revela o seu estar na vida, levando-os a sentirem-se e não a pensarem e falarem sobre seu corpo, possibilitando assim, um maior contato consigo mesmos e com suas emoções, tornando mais claro a relação entre fora e dentro da pele, evidenciando o que é “figura” e o que é “fundo”. Num segundo momento, leva-se o participante a experienciar e dar-se conta do aqui e agora (awareness). Wertheimer afirma que “uma transformação tem lugar a partir do que eu quero para o que a situação exige”.(Isto é Gestalt, pág 306). Uma vez que, o que é sensorial acontece no aqui e agora, acredito que essa vivência contribuirá para fechar e/ou abrir significativas gestalts para os seus participantes.