Da figura ao fundo. Um campo de prevenção no grupo.

Resumo

RESUMO. Neste momento, em que as propostas grupais de atendimento desapareceram, ouvimos alguns colegas dizendo “tenho um paciente que se beneficiaria de um trabalho de grupo, que precisaria trabalhar suas relações num grupo, mas não sei para onde encaminhar”. Temos assistido trabalhos belíssimos de terapias individuais, mas as propostas grupais estão em falta. Nossa idéia neste miniworkshop é apresentar e colocar em discussão a Terapia Comunitária integrativa (TCi). A Terapia Comunitária integrativa vem se desenvolvendo de maneira significativa nos últimos 10 anos no Brasil e exterior. A saber, esta é uma proposta de grupo, é um espaço de escuta e partilha dos sentimentos e experiências de vida. Uma metodologia que possibilita a ajuda mútua e a mobilização de recursos e competências, por meio da ação terapêutica do grupo. Seu objetivo é promover competência, gerar autonomia e criar vínculos solidários. É um encontro com começo meio e fim. A pessoa que participa pode vir a um encontro somente, e poderá fazer um processo se participar de várias rodas. Portanto é um grupo aberto, que atende o maior numero possível de pessoas, as pessoas compartilham e são acolhidas no seu sofrimento o que somente é possível no grupo. Usamos desta máxima, “No grupo um é especialista no que o outro não é, e vice versa”, pois acreditamos que no grupo cada um tem sua sabedoria e pode oferecer o que tem de melhor ao outro, promovendo a solidariedade. Entendemos ser uma proposta de grupo que se afina com a Gestalt-terapia, pois trabalha as coisas que incomodam (figura) e assim na medida que outros assuntos afloram (fundo), vão sendo compartilhados e trabalhados no grupo configurando o campo para aquele tema-problema em pauta. Esta abordagem tem a qualidade e se diferenciar pelo enfoque preventivo que promove. Então nossa proposta é fazer uma roda de terapia comunitária integrativa com os participantes do Congresso e propor uma discussão com a comunidade da gestalt-terapia. Pensamos que uma discussão no Congresso pode aproximar estas duas modalidades, trazendo para a cena contemporânea novamente o grupo como protagonista, numa possibilidade preventiva e terapêutica. Modalidade de apresentação: Workshop