MT 06: A CLÍNICA AMPLIADA NO ENFOQUE GESTÁLTICO: UM OLHAR SÓCIO COMUNITÁRIO GESTALT-TERAPIA NA COMUNIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SUPERVISÃO CLÍNICA
Resumo
MT 06: A CLÍNICA AMPLIADA NO ENFOQUE GESTÁLTICO: UM OLHAR SÓCIO COMUNITÁRIO GESTALT-TERAPIA NA COMUNIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SUPERVISÃO CLÍNICA Aline Ferreira Campos As mudanças no cenário social da atualidade e a ampliação das práticas clínicas psicológicas intra e extramuros, além da complexidade do contexto institucional, com suas normas, história, cultura e a atuação em equipes multiprofissionais, vêm demandando do psicólogo um novo conjunto de habilidades e competências, novos modelos de intervenção. Atualmente muito se discute acerca das possibilidades psicoterapêuticas para situações de crise em instituições comunitárias. No entanto, os modelos tradicionais da clínica precisam ser revistos e outros modelos vêm sendo desenvolvidos, com uma ênfase em intervenções mais focalizadas, de forma a atender às necessidades imediatas destas unidades de atendimento psicossocial. Este trabalho é um relato de experiência de supervisão clínica a estudantes de quinto ano do curso de Psicologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública que atendem em dois contextos institucionais: na unidade de Saúde da Família do Candeal, e no Centro de Referência ao Adolescente Isabel Souto- CRADIS voltada para o atendimento de adolescentes em situações de risco, em Salvador, Bahia. A proposta inicial era de atendimento dentro do modelo de psicoterapia de curta duração da abordagem gestáltica segundo as propostas de RIBEIRO (1999) e BRITO (2003). Porém a realidade das necessidades destas instituições levou à implementação de um outro modelo, usado em conjunto com o de curta duração. Muitos clientes após reportarem a crise não retornam por circunstâncias específicas (por exemplo, por estarem foragidos), ou não se comprometem com um atendimento regular. Por isso buscamos um modelo de atendimento único, completo em si mesmo, com semelhanças ao trabalho de plantão psicológico descrito por Mahfoud (1999). O aluno é orientado para facilitar o desenvolvimento de um maior suporte por parte do cliente para enfrentamento e resignificação do seu sofrimento. Seguindo princípios gestálticos, oferece acolhimento e confirmação, lidando com a pessoa inteira no seu contexto existencial e não só com a queixa. Busca ajudar o cliente a reconhecer suas questões, sentimentos e possibilidades, visando uma mudança da percepção, aprendizagem e resolução de problemas no aqui e agora do encontro. Neste trabalho apresentaremos alguns exemplos e discutiremos o modelo proposto Palavras-chave: Clínica ampliada, situações de crise, Gestalt-terapia. Referências Bibliográficas Brito, M. A. Q. (2003). Psicoterapia de curta duração sob o enfoque da Gestalt terapia. Coletânea do Serviço de Psicologia Professor João Ignácio de Mendonça – UFBa. Salvador: EDUFBA. Mahfoud, M. P (org.) (1999). Plantão psicológico: novos horizontes. São Paulo: Editora C. I. Limitada. Ribeiro, J. P. (1999). Gestalt terapia de curta duração. São Paulo: Summus, 1999.Publicado
2014-09-19
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Mesas Tematicas