TL 11: PSICOTERAPIA DE CURTA DURAÇÃO NA GESTALT-TERAPIA: UMA POSSIBILIDADE NO CONTEXTO ACADÊMICO
Palavras-chave:
CURTA, DURAÇÃOResumo
“Tempo é apenas uma relação, não um processo. O processo é a própria vida se fazendo, se construindo” ( Ribeiro, 1999, p. 36) Esse trabalho tem como objetivo relatar a intervenção psicoterapêutica de curta duração na abordagem Gestáltica num contexto institucional. O trabalho aponta antes de tudo a necessidade de promover reflexões sobre o tema ainda tão pouco discutido na Gestalt Terapia. O campus do Pantanal (CPAN) é uma extensão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, situa-se na cidade de Corumbá, oferecendo 12 cursos de graduação, com 124 servidores, sendo 82 docentes e 42 técnicoadministrativos e 1.438 acadêmicos regularmente matriculados. Além da psicoterapia de curta duração também são realizados encaminhamentos médicos, psicológicos, ações e projetos que promovam bem estar e qualidade de vida. O acompanhamento psicológico tem o objetivo de auxiliar a recuperação da forma autêntica e dinâmica do ser, ampliando a consciência sobre os impedimentos e a falta de contato acerca das verdadeiras e dominantes necessidades. O cliente na psicoterapia de curta duração encontra “a possibilidade de vivenciar uma situação especial em um contexto relacional de aceitação e confiabilidade, no qual ele possa chegar a uma formulação pessoal do conflito e re-estruturar sua vivência frente a uma situação emocional antes dolorosa”(Pinto 2009, p. 51). Uma das primeiras tarefas neste tipo de intervenção é explicar sobre a abordagem adotada, entrevistas, tempo de duração da terapia, importância do comprometimento e a participação do cliente no processo Foi no ano de 2008 que o acompanhamento psicológico teve início no CPAN, tendo sido atendidos mais de 100 pessoas incluindo acadêmicos, servidores e funcionários terceirizados. Ribeiro (1999) ressalta a importância do olhar humano do terapeuta como provocador de mudanças, ele diz “Psicoterapia breve, psicoterapia focal, psicoterapia emergencial, o nome não importa: estamos falando de Humanismo na psicoterapia de curta duração, no qual o psicoterapeuta tem um papel decisivo, não porque tem poder, faz e desfaz, mas porque está inteiro na relação, está sensibilizado pela totalidade do cliente, está atento aos sinais que recebe, persegue caminhos que o cliente apresenta. Para estar nesta posição ele não precisa de tempo cronológico, mas de tempo existencial” (p. 36). Tempos depois do término do atendimento, algumas pessoas me procuram e contam-me sobre os ganhos obtidos no processo terapêutico, formaturas, pós-graduação, empregos, concursos públicos, são alguns exemplos. É inevitável a sensação de que se poderia fazer mais na terapia, concordo com Pinto (2009) quando diz: “... na psicoterapia de curta duração, terapeuta e cliente terminam o trabalho com a incompletude explicitada”( p. 14) Desta forma, o trabalho desenvolvido na instituição citada, tem contribuído para um contato mais amoroso, mais livre e autêntico diante da vida. O que demonstra a importância do trabalho fazendo com que reflexões e algumas inquietações estejam sempre presentes.Downloads
Publicado
2014-01-10
Edição
Seção
Temas-Livres