TL 06: CINE-GRAFIAS DA SUBJETIVIDADE: DIÁLOGOS ENTRE A PSICOLOGIA DA GESTALT E O CINEMA
Palavras-chave:
SUBJETIVIDADE, NEMAResumo
Este trabalho teve seu início a partir da necessidade de ampliar as possibilidades reflexivas acerca do sujeito por meio da evidência de uma subjetividade “composta em cenas” através do Cinema Documentário e da teoria da Gestalt. É uma abordagem da subjetividade integrada em um dos componentes mais evidentes aos olhos humanos e ao mesmo tempo tão revelador: a imagem. Além disso, procurou-se analisar quais fatores este gênero específico do cinema, o Documentário, traz em sua linguagem que agregam com precisão a subjetividade na representação do Real. Esta reflexão, traduzida em um encontro entre o espectador e o filme, trouxe à tona um diálogo promotor de novas possibilidades de contato entre o saber psicológico e a arte cinematográfica produtora de sentidos. É neste ramo que podemos chegar próximo de uma arte da subjetividade, um caminho visivelmente sensível às possibilidades que a imagem traz. É nele que experienciamos o mergulho numa composição inédita para um fato ou uma realidade muitas vezes sempre à vista. É um encontro do gestaltista com a intimidade que cerca cineastas, atores sociais e espectadores. Uma (des)construção da verdade, da realidade. Neste sentido, a promoção do diálogo psicológico com as novas formas de produção de subjetividades se faz e fez presente durante todo o processo de discussão levantado pela argumentação deste trabalho. É necessário que a Psicologia seja capaz de compreender a dinâmica subjetiva envolvida no processo peculiar do Cinema de retratar a realidade em sua composição mais singular. Para isso, é importante que se verifique as emergências fundamentais do campo estético da sétima arte para que novos argumentos sejam incluídos como ferramentas de acesso privilegiado às cine-grafias da subjetividade. Por fim, o estudo inter-subjetivo entre o espectador e as imagens em movimento é um conjunto de argumentos por meio do qual a realidade psicológica pode ser representada e, uma vez representada, lida e trabalhada. Assim encontramos neste campo interdisciplinar um processo que promove a afirmação de que o Cinema e a Gestalt permitem ver muito mais que a presença de algo. Trata-se de um trabalho baseado na evidência apurada de uma Cine-grafia da Subjetividade, composta por expressões e comportamentos que nos convocam a reconhecer o que há de Real na imagem e o que há de ficcional em toda existência humana.Publicado
2014-01-10
Edição
Seção
Temas-Livres